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Embrapa monitora mosca-das-frutas

Sistema utiliza armadilhas ISCAbola (do tipo McPhail) com proteína hidrolisada ISCAMosca


Começou esta semana o sistema de monitoramento das mosca-das-frutas na região da Serra do Rio Grande do Sul – região que é a maior produtora de frutas de clima temperado do Brasil, entre elas a uva, a maçã e o pêssego. A iniciativa, que é da Embrapa Uva e Vinho, utiliza armadilhas ISCAbola (do tipo McPhail) com proteína hidrolisada ISCAMosca para atrair os insetos.

A mosca-das-frutas entra nos pomares em busca de fontes de proteína para oviposição ou alimentação e acaba atraída para dentro da armadilha pelo odor do atrativo. Após entrar pelo funil da ISCAbola, tenta fugir pela transparência do policarbonato, mas acaba morrendo por exaustão. 

De acordo com a Embrapa, com uma armadilha por hectare são monitoradas duas espécies de moscas-das-frutas: a Anastrepha fraterculus e a Ceratitis capitata. O material capturado é conduzido ao Laboratório de Entomologia, onde é realizada análise para a publicação do “Boletim Informativo sobre o Sistema de Alerta Mosca-das-Frutas nos Pomares de frutas de caroço”, disponível no link: https://www.embrapa.br/sistema-de-alerta.. 

Os relatórios dão recomendações sobre o monitoramento e as ações de controle da praga, além de outras orientações relacionadas ao manejo da cultura. Os boletins são enviados também por e-mail e whatsapp para os interessados cadastrados. 

Na Região de Pelotas (zona sul do RS), a Embrapa Clima Temperado monitora semanalmente também a mariposa oriental (Grapholita). Neste caso são dispostas armadilhas específicas, alocadas junto às armadilhas da mosca-das-frutas, utilizando um feromônio sexual como atrativo.

Outra tecnologia que vem apresentando bastante eficácia contra a infestação de mosca-das-frutas verificada este ano é o Anamed. Ao ser misturado com o inseticida, esse atrativo se torna um “atrai-e-mata”, ou uma “isca tóxica”. De acordo com a Isca Tecnologias, o diferencial do Anamed é sua eficácia ao atrair em longa distância (pelo cheiro que exala de extratos de plantas) e em curta distância, pelo odor dos açucares que são fago-estimulantes.

Segundo o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Dori Edson Nava, as moscas são consideradas pragas chaves da fruticultura: “Os danos decorrem em função da oviposição nos frutos, e posterior eclosão das larvas, levando ao seu apodrecimento. Além disso, as fêmeas, durante a oviposição, abrem entrada para microrganismos que causam perdas na pré e pós-colheita, como ocorre com a podridão parda”.

De acordo com ele, o controle da mosca é focado na fase adulta do inseto, sendo o produto aplicado principalmente quando o monitoramento indica maior incidência desses insetos nos pomares. “Se for detectado a presença da mosca no pomar, a recomendação é: use isca tóxica!”, recomenda Nava.

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