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Embrapa realiza curso sobre enxertia em polo de fruticultura no Pará

A propagação por enxertia é a mais indicada para o desenvolvimento de cultivos comerciais


Foto: Divulgação

Formação de enxertadores com ênfase no cupuaçuzeiro é tema do evento que a Embrapa Amazônia Oriental realiza no município de Tomé-Açu no período de 6 a 10 de dezembro. O curso é voltado à viveiristas e técnicos da região. O município de Tomé-Açu é um dos principais polos de fruticultura no estado do Pará e exemplo nacional de cultivos em Sistemas Agroflorestais (SAFs). Também parte do município uma grande demanda em formação nessa cadeia produtiva, conforme explicou o pesquisador Rafael Moysés Alves, coordenador técnico e um dos ministrantes do evento. “Tomé-Açu tem tradição no cultivo de frutíferas e é o município com maior concentração de plantio de cupuaçuzeiro no estado”, afirmou o pesquisador.

As palestras ocorrem no auditório do Campo Experimental da Embrapa em Tomé-Açu e as práticas no viveiro da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), parceria do evento ao lado da Prefeitura de Tomé Açu e Governo do Pará, por meio da Emater. É o segundo curso presencial realizado pelo projeto Transferência de Tecnologia para produtores de cupuaçu, no âmbito do Bioeconomia Brasil SocioBiodiversidade, parceria entre a Embrapa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para a estruturação, fortalecimento e aprimoramento das cadeias produtivas e biodiversos com o desa?o de impulsionar inovações para potencializar o acesso dessas cadeias ao mercado.

Embora o curso tenha ênfase em cupuaçuzeiro, outras culturas integram a formação, como castanha-do-pará, bacuri, taperebá, cacau e acerola. De acordo com o pesquisador Rafael Alves a propagação por enxertia é a mais indicada para o desenvolvimento de cultivos comerciais. Ele explicou que por meio dessa técnica, as fruteiras tem maior garantia de produtividade e sanidade. “Via enxertia, reproduzimos de maneira fiel as qualidades da planta mãe. Já a propagação por meio de sementes não temos essa garantia, pois 50% vem da mãe e 50% do pai o que representa riscos aos pomares”, comentou.

Programação – As atividades do curso se iniciam na tarde desta segunda-feira, com palestra sobre a importância da enxertia na fruticultura, ministrada pelo pesquisador Rafael Alves. Dia 7 (terça-feira) está programada a preparação dos instrumentos para a prática com a entrega dos kits e demonstração de enxertia meio de garfagem borbulhia e encostia ministradas Rafael Alves da Embrapa, com a participação do técnicos Adailton Mendes (Semagri de Tomé-Açu) e Edson Ribeiro.

O grupo retorna às técnicas garfagem e borbulhia na quarta-feira (8), com mudas de cacau pela manhã e cupuaçu a tarde. A quinta-feira (9) retorna com atividades práticas, desta vez, para as culturas de taperebá, castanha-do-pará e bacuri. Haverá ainda teoria e prática sobre enxertia para substituição de copa de cupuaçuzeiro. As atividades se encerram na sexta-feira (10) com enxertia para substituição de copa de cacaueiro.

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