Empresa do bem: 5 tecnologias para fortalecer o negócio na gestão de resíduos

Desde a sanção da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS – Lei nº 12.305/2010), a gestão de resíduos teve impactos significativos para o Brasil, colocando empresas e poderes públicos rumo ao patamar das nações desenvolvidas no enfrentamento dos impactos ambientais globais.

A PNRS é composta por um conjunto de diretrizes e instrumentos que são indispensáveis para a promoção de práticas mais sustentáveis e estabelece meios de dividir as responsabilidades sobre o lixo gerado tanto entre os governos e empresas, mas também junto à sociedade. Este tipo de medida já é comum em países como a Alemanha, por exemplo, onde a não separação do lixo caseiro para a coleta seletiva e reciclagem podem gerar multas pesadas à população.

Neste sentido, a PNRS estabelece uma série de regras às empresas brasileiras, que precisam seguir à risca um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Nele, as empresas classificadas como geradoras de resíduos devem elaborar procedimentos técnicos e documentos capazes de prestar contas aos órgãos ambientais fiscalizadores quanto ao tipo e volume de resíduos gerados em seu negócio, como é feito sua identificação, manejo, segregação acondicionamento, transporte e destinação final, seja ela enviada a tratadores especializados ou reciclados dentro da própria empresa.

O “match” entre a PNRS e a tecnologia

Em um primeiro momento, a gestão de resíduos pode parecer complexa, mas há uma série de tecnologias que se tornaram grande aliada das empresas para o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Essas soluções atuam não apenas no controle de dados para o cumprimento das leis ambientais, mas também podem trazer uma série de benefícios no processo produtivo das empresas e até ajudar a equilibrar sua receita, mitigando riscos e diminuindo possíveis desperdícios.

Automação de processos

A automatização de processos produtivos e sua integração aos processos de gestão de resíduos é um fator determinante para o cumprimento dos objetivos da PNRS. Para reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos gerados na produção, sua infraestrutura precisa de exatidão para evitar gargalos e pontos críticos geradores de desperdícios de energia, mão de obra e matérias-primas. Quanto mais automatizado é o processo produtivo, mais rigoroso será o controle de não conformidades de qualidade e ambientais.

Telemetria

A telemetria é uma tecnologia que permite o rastreamento remoto de diversos objetos e que vem ganhando destaque também na gestão de resíduos nas empresas e até na coleta seletiva e limpeza urbana. Através de dispositivos rastreáveis é possível identificar o peso, volume e a localização de diversos tipos de resíduos sólidos desde sua geração na cadeia produtiva até a sua destinação final. Isso permite que, internamente, a empresa detecte pontos críticos e gargalos e também o melhor manejo logístico dos resíduos dentro e fora da empresa.

Software de Gestão de Resíduos Online

Os dados gerados no processo produtivo e na gestão dos resíduos da empresa precisam de organização e controle para que as boas práticas ambientais fluam sem incidentes. Nesse aspecto, Softwares especialmente desenvolvidos para integrar os setores e pontos de produção de resíduos já estão disponíveis aos profissionais, como o desenvolvido pela VGR, gestão de resíduos online. Uma única ferramenta é capaz de controlar as etapas internas de geração, acondicionamento, segregação, armazenamento e os procedimentos externos de transporte, destinação e disposição final de todo o resíduo gerado.

Gestão e emissão eletrônica de documentos

O mesmo software de gestão, como o elaborado pela VGR, precisa estar integrado às plataformas virtuais dos órgãos fiscalizadores. Os bancos de dados eletrônicos já são uma realidade para o controle ambiental previsto na PNRS e as empresas devem estar preparadas para emiti-los digitalmente como ocorre com MTR, CADRI, CDF, Inventário de Resíduos, RAPP Ibama, entre outros.

Apuração de fornecedores

Ainda de acordo com as normas da PNRS, as empresas precisam encontrar fornecedores homologados para as etapas externas da gestão de resíduos. Além de assegurar a lisura do processo de destinação e disposição final dos resíduos, a empresa geradora deve prestar contas sobre este processo, mesmo que não seja ela a realizar esta etapa final.

A apuração desses fornecedores pode ser realizada de acordo com a validade de sua licença ambiental para a prestação do serviço e se ela atende às especificações necessárias para o tratamento das categorias de resíduos geradas pela empresa. Há também a possibilidade de comercialização desses resíduos sólidos industriais a tratadores homologados com interesse econômico em retrabalhar o material ou reciclá-lo.