As empresas de grãos no Brasil, que são membros da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), indicaram que pretendem reduzir o montante de crédito oferecido aos agricultores para a produção de culturas durante a safra de 2019/2020. De acordo com Michael Cordonnier, da Soybean & Corn Advisor, Inc as empresas de grãos fornecem cerca de um terço do crédito que os agricultores brasileiros usam para produzir suas safras de grãos.
“As empresas de grãos oferecem crédito a grandes fazendeiros na forma de troca, fornecendo sementes, fertilizantes e produtos químicos em troca da contratação de agricultores para entregar uma predeterminada singularidade de soja ou milho após a colheita. Este sistema de escambo existe no Brasil há muitos anos porque o governo brasileiro oferece apenas uma quantidade limitada de empréstimos subsidiados de baixa produção para grandes produtores. O governo acredita que eles devem usar seus recursos limitados para ajudar os pequenos e médios produtores”, comenta.
Segundo ele, o aumento dos pedidos de proteção contra falência pelos produtores parece ser o resultado de preços de grãos muito baixos e aumento do custo de produção. “Além disso, os produtores brasileiros estão muito chateados com as taxas de frete obrigatórias que foram implementadas no Brasil. Essas taxas de frete mais altas aumentam seu custo de produção, reduzindo ainda mais seus lucros. Isso também significa que as empresas de grãos devem oferecer menos aos produtores, a fim de cobrir o custo do frete enquanto ainda se mantêm competitivos no mercado global”, conclui.
