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Empresas de grãos se unem em plataforma de blockchain

Maiores empresas de grãos do mundo vão usar a tecnologia na agricultura no Brasil


Foto: Pixabay

As multinacionais norte-americanas e maiores empresas de grãos e oleaginosas do mundo, Bunge e Cargill, se uniram em uma plataforma de tecnologia blockchain para a agricultura brasileira.

A plataforma será por meio da joint-venture Covantis e ainda conta com a participação de outros gigantes do agronegócio como a francesa Louis Dreyfus Company (LDC), a estatal chinesa Cofco International e a múlti holandesa Glencore Agriculture. A ideia é que essas empresas troquem informações e unifiquem os dados do setor para facilitar a comunicação entre os integrantes melhorando processos como a logística nos portos, por exemplo, todos usando a tecnologia. 

O primeiro teste foi feito no Brasil no Porto de Santos (SP), entre julho e agosto deste ano envolvendo 11 empresas, entre tradings, originadores e produtores de grãos. A plataforma oficial deve ser lançada ano que vem. O país é um dos principais mercados das empresas com cerca de 500 mil contratos de compra e venda todo o ano. 

Segundo revelou a CEO da iniciativa, Petya Sechanova, a escolha do Brasil se deu pela complexidade do mercado. Entre esses fatores o grande número de agentes intermediários que atuam entre o comprador final e o remetente e os processos como certificados fitossanitários e outras demandas que atrasam os processos nos portos.  “A Covantis deve se tornar líder de operações no nosso setor e poderá agilizar processos, modernizá-los e digitalizá-los”, destacou.

Todas as informações que circulam como datas de chegada e partida, bandeiras de navios e volumes de mercadorias circulam sem parar, sobretudo nos picos de safra serão feitas tecnologia blockchain que, segundo os participantes, evita fraudes e garante a segurança dos dados compartilhados.

Ainda segundo a CEO a ambição da joint-venture é reunir, gradualmente, todos os embarques de grãos e oleaginosas a granel de suas fundadoras no mundo. Depois do Brasil, Argentina e Estados Unidos são os próximos países a testar.

O blockchain é uma tecnologia de registro que preza pela descentralização das informações de forma que sejam compartilhadas entre todos os agentes que têm a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado. 

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