De 1998 a 2004, graças à adoção do milho Bt, resistente a insetos, a Espanha lucrou, aproximadamente, 15,5 milhões de euros, somados os ganhos dos agricultores e das empresas produtoras de sementes, sendo que os produtores ficaram com 2/3 dessa quantia (10,3 milhões de euros) e 1/3 (5,2 milhões de euros) foi direcionado às companhias nesses seis anos. Essa é a conclusão do estudo “Primeiro impacto da biotecnologia na União Européia: adoção do milho Bt na Espanha”, (em inglês, First Impact of Biotechnology in the EU: BT maize adoption in Spain), conduzido pelos pesquisadores M. Demont e E. Tollens, da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica.
O tema do estudo se restringiu à Espanha por ser a única nação do bloco europeu onde o cultivo e a comercialização do milho Bt são permitidos. O país é, atualmente, o terceiro maior produtor de milho da União Européia, responsável por 11% da produção no continente. Segundo o ISAAA – Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia, em 2003, a Espanha ampliou sua área ocupada pelo milho Bt em 1/3, alcançando 32 mil hectares de área plantada, acima dos 25 mil hectares em 2002.
Resistente a pragas:
O milho Bt tem inserido em seu código genético um gene da bactéria Bacillus thurigienses, que o torna resistente ao ataque de insetos e larvas. O relatório aponta que, além de reduzir os danos das safras, o milho Bt gera lucro aos agricultores espanhóis, já que eles gastam menos com defensivos agrícolas.
O ataque de insetos-pragas nas lavouras de milho espanholas causa sérios danos às plantações, pois eles podem penetrar no caule e na espiga e resultar na perda da produtividade. O combate mais comum às pragas, a aplicação de inseticidas, tornou-se obsoleto, uma vez que o inseto já está protegido dentro da planta. O milho Bt, ao contrário, tem a capacidade de destruir os invasores, como a lagarta do cartucho, uma das pragas de maior incidência nas lavouras.
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