Estagnação chinesa limita avanço da soja, diz consultoria
O fôlego permanece limitado pelo ritmo fraco das compras chinesas
O fôlego permanece limitado pelo ritmo fraco das compras chinesas - Foto: Divulgação
O movimento dos preços da soja em Chicago voltou a ganhar força em um dia marcado pela expectativa sobre a oferta norte-americana. Na avaliação da TF Agroeconômica, o mercado enxergou sinais de uma possível produção menor nos Estados Unidos, ponto que tende a ser esclarecido no relatório de oferta e demanda do USDA previsto para sexta-feira. Esse ambiente manteve o grão em alta ao longo da sessão, apoiado sobretudo pelo avanço do farelo.
De acordo com a consultoria, os números do dia mostraram valorização nos principais contratos da oleaginosa. Novembro encerrou com ganho de 0,65 por cento, enquanto janeiro subiu 0,58 por cento. Sendo assim, o farelo para dezembro avançou 1,29 por cento, oferecendo sustentação adicional ao mercado. O óleo, por outro lado, recuou ligeiramente, refletindo um comportamento mais contido da demanda.
A consultoria destaca que, apesar da reação positiva, o fôlego permanece limitado pelo ritmo fraco das compras chinesas. Nesse cenário, é possível afirmar que o país acumula estoques elevados e enfrenta consumo mais baixo de farelo, o que reduz a margem das processadoras e freia novas aquisições.
A trégua comercial anunciada por autoridades dos dois países há menos de duas semanas também não se traduziu em maior fluxo de embarques. Operadores ouvidos em condição de anonimato relatam que não houve novos registros recentes, reforçando a percepção de que o compromisso chinês de adquirir volumes adicionais teria caráter mais diplomático do que comercial, conforme o contexto citado por um corretor agrícola.