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Estimativa da safra de cana diminui 2% em relação a abril

O dado não preocupa o Ministério da Agricultura, que atribui a queda à estiagem na Região Centro-Sul


O aumento de 7,8% na previsão da safra de cana-de-açúcar 2010/2011 mantém o recorde nacional que o setor vem apresentando, mas é 2% menor que o levantamento anterior, feito em abril. A produtividade média caiu 2,8% em relação à pesquisa anterior, passando a 79,8 toneladas por hectare.

O dado não preocupa o Ministério da Agricultura, que atribui a queda à estiagem na Região Centro-Sul desde abril. O ministério ressalta, no entanto, que o clima é benéfico para a colheita e resulta em maior de teor de sacarose (açúcar) na cana colhida.

A previsão de 651,51 milhões de toneladas na próxima safra, divulgada nesta quinta-feira (2), contra 604,5 milhões de toneladas na safra 2009/2010, levou o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, a considerar que “a produção será muito boa e vai garantir o abastecimento do mercado em melhores condições de preço do que no ano passado”. Ele disse que o governo está muito confiante de que as previsões vão se confirmar e não haverá crise no abastecimento de etanol como em 2009, quando a produção caiu e os preços quase se igualaram aos da gasolina.

Para Bertone, este ano o setor deverá manter o equilíbrio de preços, e a crise do ano passado não se repetirá. Além da regularidade da produção, ele ressaltou que “o governo está cumprindo o seu papel com a liberação dos financiamentos necessários para os produtores”.

Do total da cana que será moída pelas usinas, 54,9% (357,5 milhões de toneladas) serão destinados à produção de 28,4 bilhões de litros de álcool - 20,2 bilhões do tipo hidratado e 8,2 bilhões do anidro. Os 45,1% restantes da cana colhida na atual safra serão destinados à produção de 38,1 milhões de toneladas de açúcar. Na safra 2009/2010, a produção de açúcar foi de 33 milhões de toneladas. O Ministério da Agricultura estima que o consumo interno, no próximo ano, será de 11,11 milhões de toneladas, entre consumo direto e produtos industrializados.

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