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Estomatite Vesicular exige isolamento dos animais doentes

É de grande importância o estudo epizootiológico da estomatite vesicular, em razão de possível confusão com a febre aftosa


A Agência de Defesa Agropecuária – Adapec notificou no último dia 16, a suspeita de estomatite vesicular em quatro bovinos da propriedade rural Sítio Maré Mansa, do município do Paraná, a 392 Km de Palmas, Sudeste do Tocantins. A interdição da propriedade ocorreu na mesma data da notificação e material foi coletado para confirmação da doença em laboratório. O resultado emitido na última sexta-feira (19) confirmou estomatite vesicular do tipo Indiana.

A doença tem como agente etiológico um RNA-vírus da família Rhabdoviridae, do gênero Vesiculovírus. Existem duas cepas antigenicamente distintas New Jersey e Indiana, esta última com três subtipos. Ocorre em bovinos, eqüinos, suínos e animais silvestres, sendo que caprinos e ovinos são resistentes. Embora a transmissão possa ocorrer por ingestão de materiais contaminados, a doença não parece disseminar-se por esta via, exceto em propriedades que trabalham com confinamentos, onde um grande número de animais, estão submetidos à cochos de água e comida comuns. Provavelmente a disseminação para locais distantes, ocorra por picadas de insetos hematófagos e também pelo trânsito de animais. Período de incubação é de 8 a 10 dias ou até maior.

Os sinais clínicos da doença são:

- O primeiro sinal é a salivação excessiva, ao exame da boca pode apresentar vesículas.
- As lesões tem tamanho variado, menores que uma ervilha ou envolver toda a superfície da língua.
- Nos bovinos, as lesões podem ocorrer também no palato duro, lábios, gengivas, e lesões nos tetos.
- Febre acompanhada de vesículas na mucosa bucal, epitélio da língua, tetos, planta dos cascos, zona coronária, e ocasionalmente em outras partes do corpo.
- É muito comum o vírus não produzir as clássicas vesículas nos animais afetados nos surtos mas aparecem lesões secas e necróticas. Às vezes esta constatação pode prejudicar o diagnóstico da virose.

O diagnóstico clínico preciso, torna-se difícil, devido que esta enfermidade possui muita semelhança com outras doenças vesiculares, como é o caso da febre aftosa. O diagnóstico definitivo é somente através da identificação laboratorial. Não há tratamento específico. Infecções secundárias do tecido lesado ou outras seqüelas devem ser tratadas sintomaticamente.

A virose é de fácil controle, mas os órgãos oficiais do governo devem sempre ser comunicados. Fazer o isolamento dos animais doentes. Drenar locais alagadiços para combater os insetos hematófagos. A vacinação raramente é empregada devido a raridade das epidemias e por ocorrerem, normalmente, em regiões delimitadas. Além disso, o emprego da vacina interferiria nos testes sorológicos bem como na monitoração dos casos.

É de grande importância o estudo epizootiológico da estomatite vesicular, em razão de possível confusão com a febre aftosa. Consulte no Portal Agrolink, na seção Saúde Animal, maiores informações sobre essa doença. Trata-se de um sistema de consulta online que permite que o usuário faça pesquisas relacionando espécie animal e doença a ser tratada. O usuário encontra ainda artigos técnicos específicos sobre as principais doenças que acometem os animais.

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