Estruturas morfológicas na identificação de gramíneas de inverno
Na aveia, a lâmina foliar apresenta glabra e torção no sentido anti-horário, a bainha é aberta e também glabra, a lígula é bastante visível, membranosa e serrilhada, e a aurícula é ausente

Texto: Joélen cavinatto com revisão de Aline Merladete
A identificação correta de gramíneas de inverno no período vegetativo é um fator determinante para o manejo correto com plantas invasoras, pragas e aplicação de defensivos. Apesar de semelhantes neste estádio fenológico, culturas como aveia (Avena sativa e Avena strigosa), trigo (Triticum aestivum L.) e azevém (Lolium multiflorum) possuem estruturas morfológicas específicas que as diferenciam, chamadas de lâmina foliar, bainha, lígula e aurícula. Acompanhe abaixo a descrição de cada uma delas:
Lâmina foliar: É a folha da planta, que em gramíneas, apresenta movimento que pode ser horário ou anti-horário.
Bainha: Estrutura em forma de cartucho, que tem origem no nó e cobre o entre nó.
Lígula: Localizada na face superior interna da folha, próximo à lâmina foliar.
Aurícula: São estruturas que parecem abraçar o caule, localizadas na face inferior da lâmina foliar.
Na aveia, a lâmina foliar apresenta glabra e torção no sentido anti-horário, a bainha é aberta e também glabra, a lígula é bastante visível, membranosa e serrilhada, e a aurícula é ausente.
No trigo, a lâmina foliar tem pilosidade e torção no sentido horário, a bainha é pilosa e aberta, a lígula é membranosa e de tamanho mediano, e a aurícula possuiu pilosidade e pontas estreitas que abraçam o caule.
No azevém, a lâmina foliar apresenta nervura central saliente, torção no sentido anti-horário e ausência de pilosidade, a bainha é pequena, a lígula é membranosa e curta, e a aurícula é fina, com extremidade bem definida e sem pilosidade.