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Estudo aponta que 76 produtos químicos se acumulam no sangue humano


A organização WWF/Adena dedica-se à conservação da natureza. Um de seus estudos determinou que 76 produtos tóxicos persistentes e bioacumulativos estão presentes no sangue dos seres humanos. Todos eles são perigosos para o organismo. Saber como evitar que eles se instalem em nosso corpo é elementar para evitar males maiores.

Não existe nenhum cantinho do planeta livre de contaminação de produtos tóxicos para os seres vivos. A situação atual é de extrema gravidade e se converteu em um desafio para a conservação da natureza. A Campanha de Tóxicos da WWF/Adena pretende neutralizar a ameaça que estes produtos que têm efeitos de alteração endócrina, de bioacumulação e persistência no meio ambiente representam.

A produção global de produtos químicos aumentou nas últimas sete décadas de um milhão para 400 milhões de toneladas ao ano. Um relatório elaborado pela associação conservacionista mostra o impacto de determinados produtos, entre os que estão certos compostos que são utilizados na produção têxtil, de vasilhas, de revestimentos antiaderentes de de objetos de uma casa.

Sangue – Nosso organismo capta todas as alterações do meio ambiente e absorve tudo que é bom e ruim que dele provém. A Adena, junto com o Cooperative Bank, analisou o sangue de alguns cidadãos de 17 países europeus. Com isto, constatou a presença de 101 substâncias pertencentes a cinco famílias químicas: inseticidas, DDT incluído; PCBs; retardantes de chama bromados; ftalatos; e compostos perfluorados (PFOS). Dessas 101 substâncias, foram detectados 76 produtos diferentes nas pessoas analisadas.

Enrique Segovia, diretor de Conservação da WWF/Adena disse à que "os resultados da investigação revelaram que cada um dos indivíduos analisados estão contaminados com substâncias tóxicas, persistentes e bioacumulativas entre as que se incluem substâncias de cada um dos cinco grupos que se analisaram".

O maior número dos tóxicos detectado em um indivíduo foi de 54, embora a média tenha sido de 41. O estudo, segundo indica Segovia, não é determinante para estabelecer se estas alterações no sangue estão influenciadas em maior ou menor medida pela vida no campo ou na cidade."O certo é que todas as mostras foram tomadas de pessoas que habitualmente desenvolvem seu trabalho na cidade. Eu me atreveria a afirmar que os hábitos de vida influenciam e as condições de trabalho também", afirma com rotundidade Enrique Segovia.

Segundo os especialistas, como Sheila Macdonald, diretora operacional do Cooperative Bank, os resultados demonstraram que não importa onde vivem cada um dos que participaram do estudo pois "todos os analisados estão contaminado por uma grande variedade de produtos químicos industriais, incluindo inseticidas proibidos há muitos anos e outras substâncias que são utilizadas na atualidade".

Perigosos – Este tipo de compostos, segundo Adena, são perigosos porque não desaparecem de forma natural e se acumulam no corpo dos animais e das pessoas, alterando os sistemas hormonal e genético dos seres vivos e provocando doenças. A maioria (85%) dos 2.500 produtos químicos utilizados não oferece informação acessível suficiente sobre sua segurança.

A teor dos resultados, a libertação destas substâncias constitui uma grave irresponsabilidade por parte das indústrias químicas. Segundo a Agência Americana do Meio Ambiente (EPA, em inglês) os compostos voláteis podem produzir irritações de garganta, olhos e nariz, dores de cabeça, danos ao fígado e aos rins, além do sistema nervoso central.

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