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Estudo busca álcool de babaçu e bioquerosene


Pioneiro na produção de biodiesel no Brasil, na década de 70, o pesquisador Expedito Parente, se empenha atualmente em dois projetos de biocombustíveis. O primeiro deles é de uso integral do coco do babaçu para produção de biodiesel, álcool a partir do amido do babaçu e biomassa (da palha e do endocarpo da fruta) para uso em fornos e caldeiras. "Uma tonelada de coco de babaçu rende 80 litros de álcool, a custo competitivo com o álcool de cana, desde que o uso do babaçu seja integral", garante.

Ele acrescenta que a pesquisa deve direcionar cerca de 400 mil mulheres que hoje trabalham com a quebra manual do babaçu no Norte do País, trabalho que é considera "extremamente insalubre e mal remunerado".
Outro projeto desenvolvido pelo pesquisador é de bioquerosene de aviação. Isso está demandando R$ 7,5 milhões em investimentos da Tecbio, empresa de pesquisa dirigida por Parente, dos quais 60% da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). "O projeto começou a década de 80 e, em 1984 fizemos um teste piloto de vôo de São José dos Campos (SP) até Brasília. Paramos por um longo tempo e há dois anos retornamos o projeto em parceria com empresas da cadeia de aviação, como fabricantes de equipamentos e distribuidores de querosene", detalha Parente.

A previsão, segundo ele, é que o bioquerosene esteja disponível para uso comercial em cinco anos. "Um avião tem vida útil de 40 anos. A preocupação deste setor é a de ter combustível competitivo nesse prazo", acrescenta.

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