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Estudo descobre glifosato em ração de gatos e cachorros

Exposição mediana dos cães equivale a 0,7% do limite de glifosato estabelecido para humanos


Um estudo produzido pela Cornell University, de Nova York, nos Estados Unidos, descobriu que o glifosato estava presente em uma variedade de alimentos para cães e gatos que os pesquisadores compravam nas lojas. No entanto, os cientistas garantem que os níveis são extremamente baixos. 

Segundo o relatório, os pesquisadores descobriram que todos os 18 alimentos coletados eram misturas de ingredientes vegetais e de carne e um produto foi certificado como livre de organismos geneticamente modificados (OGM). No entanto, todos continham glifosato em concentrações variando de aproximadamente 80 a 2.000 microgramas por quilograma. 

A ideia inicial do estudo era reavaliar a mobilidade e os impactos do glifosato em vários contextos, como movimento dos campos de cultivo nas águas superficiais, impactos nos solos e nos animais que os consomem nas suas rações. De acordo com Richard, Anthony Hay, professor associado de microbiologia e coautor do estudo, os níveis encontrados não são prejudiciais para o ser humano. 

"Enquanto os níveis de glifosato em alimentos para animais nos surpreendem, se um ser humano consumir todos os dias, sua exposição ao glifosato ainda estaria bem abaixo dos limites atualmente considerados seguros", afirma. 

Como não existem dados suficientes para descobrir se esses níveis causam algum efeito negativo nos animais, os cientistas usaram os níveis de ingestão humana como referência para realizar a pesquisa. Assim, os pesquisadores estimaram que a exposição mediana dos cães equivaleria a apenas 0,7% do limite de glifosato estabelecido para humanos pelo governo dos Estados Unidos. 

Para Dan Wixted, professor envolvido na pesquisa, os números encontrados não prejudicam. "Até mesmo a ração mais contaminada que eles estudaram tinha milhares de vezes menos glifosato do que os níveis que não mostraram efeitos adversos em cães no Draft Risk Assessment da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA)”, conclui.

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