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EUA criam energia limpa ilimitada

Fusão pode substituir energias fósseis caras e poluentes


Foto: MIT

Cientistas dos Estados Unidos estão desenvolvendo um novo reator de fusão nuclear que será capaz de produzir energia em quantidades ilimitadas e de maneira totalmente limpa. De acordo com os cálculos dos pesquisadores, em apenas 15 anos isso pode resultar no fim da dependência da humanidade de combustíveis fósseis caros e uma solução para a crise climática.

O projeto deve ganhar força com o novo governo federal, uma vez que o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, estabeleceu como meta eliminar todas as emissões de gases de efeito estufa de seu setor elétrico até 2035.

O projeto “Sparc” iniciou em 2018 com cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e uma empresa subsidiária, a Commonwealth Fusion Systems. O novo reator, que utiliza ímãs ultrafortes, deve começar a ser construído neste primeiro semestre de 2021 e a previsão é de que ele esteja produzindo até 10 vezes mais energia do que consome já em 2025.

“A fusão parece uma das soluções possíveis para nos livrarmos do nosso desastre climático iminente”, afirma Martin Greenwald, um dos principais cientistas do projeto. De acordo com a  meteorologista Amanda Balbino, da Meteored, uma das principais motivações para esse projeto ambicioso é atender às necessidades de energia em um mundo em aquecimento.

“A fusão nuclear, processo físico que alimenta o nosso Sol, ocorre quando os núcleos de dois átomos leves se unem para formar um núcleo mais pesado, quando pressionados a temperaturas e pressões extremamente altas, fazendo com que liberem enormes quantidades de energia”, explica ela em artigo publicado no portal Tempo.com.

Segundo Amanda, porém, o aproveitamento dessa forma de energia nuclear tem se mostrado extremamente difícil, pois os reatores existentes são muito grandes e caros para gerar eletricidade de forma realista para os consumidores. “A comunidade científica está entusiasmada com o progresso do Sparc, embora alguns questionem o cronograma ambicioso, dados os obstáculos de engenharia e de regulamentação”, conclui.

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