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EUA e China mantêm impacto limitado no mercado de soja

As estimativas indicam ainda que a janela de competitividade americana segue curta


As estimativas indicam ainda que a janela de competitividade americana segue curta As estimativas indicam ainda que a janela de competitividade americana segue curta - Foto: Pixabay

O novo entendimento entre as duas maiores economias do mundo reacendeu o debate sobre os rumos do comércio agrícola. A sinalização de retomada parcial das compras chinesas trouxe algum fôlego às cotações, mas análises do setor apontam que o efeito do acordo tende a ser mais diplomático que comercial, sem alterar o excesso de oferta que pressiona a soja no mercado internacional.

Consultorias destacam que a China deve importar cerca de 12 milhões de toneladas de soja americana em 2025, volume bem abaixo do registrado em 2020/21. O cenário mantém o foco nos embarques da América do Sul, considerados mais competitivos e seguros para o abastecimento. “O acordo demonstra mais um gesto de aproximação entre as potências do que uma mudança efetiva no fluxo comercial. A China segue priorizando a soja da América do Sul, especialmente a brasileira, por questões de competitividade e segurança de abastecimento”, explica Felipe Jordy, gerente de inteligência e estratégia da Biond Agro.

Nos Estados Unidos, a previsão de safra cheia convive com ritmo lento de exportações. No Brasil, a projeção de nova colheita recorde reforça a manutenção de estoques elevados e prêmios mais baixos nos portos, limitando novas altas. A leitura de analistas é que a trégua comercial apenas suaviza, por pouco tempo, o descompasso entre preços e fundamentos.

As estimativas indicam ainda que a janela de competitividade americana segue curta, restrita ao período anterior à entrada da safra brasileira. No mercado interno, o câmbio estável não compensa prêmios enfraquecidos nem a volatilidade externa, mantendo a comercialização perto de 25% da safra e abaixo da média histórica. “O momento exige uma cobertura mínima de 40% da produção, garantindo a proteção de custos e evitando exposição a eventuais quedas de preço ou gargalos logísticos. A estratégia deve priorizar margens e liquidez, combinando contratos futuros e barter de forma equilibrada”, finaliza.
 

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