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EUA querem retomar Rodada de Doha em setembro

Vários outros países, especialmente o Brasil, já haviam aventado a hipótese de retomar o processo


Os Estados Unidos querem retomar em setembro as negociações comerciais internacionais da Rodada de Doha, depois do fracasso da reunião ministerial de julho em Genebra, disse a representante comercial americano, Susan Schwab, ao boletim especializado Inside US Trade, na quarta-feira.

Ela afirmou que funcionários de um pequeno grupo de países devem se reunir em setembro para explorar as possibilidades de retomada do processo. A reunião de Genebra foi tratada como "última chance" da rodada antes que o calendário eleitoral americano atropele as negociações.

Segundo ela, a próxima reunião servirá para "testar a seriedade (da intenção) de avançar, trazer novas idéias para superar alguns dos problemas que enfrentamos em julho e que na época não pudemos superar, e, bem francamente, conter a deterioração e erosão do que estava sobre a mesa em julho", disse Schwab.

Na quinta e sexta-feira, ela recebe em Washington o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, que na semana passada esteve na Índia.

Discordâncias entre EUA e Índia a respeito de salvaguardas para proteger agricultores de países pobres contra surtos de importação foram o principal motivo para o fracasso da reunião de julho.

Vários outros países, especialmente o Brasil, já haviam aventado a hipótese de retomar o processo, aproveitando os avanços ocorridos nas discussões sobre tarifas e subsídios agrícolas e abertura de mercados industriais.

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, e outros envolvidos já apresentaram propostas de conciliação na questão das salvaguardas a agricultores pobres. De acordo com o Inside US Trade, Schwab disse torcer para que os participantes do encontro de setembro "limpem o caminho para outra rodada de abordagem ministerial".

Mas ela também disse que os EUA têm preocupações com os termos usados num relatório sobre as negociações industriais, e alertou que um acordo sugerido por Lamy em julho "em grande parte já se esgarçou".

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