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Europa reduz o uso de cobre nas videiras

Continente caminha para banimento


A redução progressiva do uso do cobre como fungicida na videira, até sua substituição, tornou-se um dos grandes desafios da viticultura ecológica na Europa. Entre os motivos, a toxicidade que pode se acumular nos solos onde sempre houve vinha, com efeitos negativos sobre o meio ambiente e a biodiversidade. 

O desafio é enorme, uma vez que o cobre tem sido usado na Europa desde o final do século XIX para lutar contra um dos principais pesadelos do viticultor, o míldio, que é um fungo microscópico que, se não for controlado, causa estragos. Este metal pesado é, quase 140 anos depois, o único fungicida autorizado na viticultura orgânica que é totalmente eficaz contra uma doença que se desenvolve principalmente no interior das folhas. A Comissão Europeia começou a aplicar restrições ao cobre, e produtores de vinhos orgânicos e administrações locais estão em alerta. 

Bruxelas ativou uma prorrogação de dois anos há dois meses para continuar autorizando o uso desse metal pesado na viticultura orgânica. Mas, em troca, a Comissão Europeia impôs uma redução nas doses. A nova limitação foi fixada em no máximo 28 quilos de cobre metálico aplicados em um período de sete anos. 

A nova média anual é de quatro quilos por hectare. Até agora, era possível aplicar seis quilos de cobre por hectare ao ano, em períodos acumulados de cinco anos. Os agricultores terão que refinar mais a partir de agora, quando aplicarem o produto fungicida ao cobre. "A superfície da viticultura orgânica pode ser comprometida. Há preocupação ", diz Salvador Puig, diretor do Instituto Catalã de Ia Vinya i el Vi (Incavi). 

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