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Exportação de carne dá sinais de recuperação

Desde abril o volume de vendas é considerado normal em tempos de crise; redução de oferta diminuiu prejuízos


Negócios com a carne bovina no Brasil e exterior começam a voltar à normalidade. Depois de mais de quatro meses de retração, com redução no volume exportado e no valor recebido, o mercado reage e os negócios atingem patamares compatíveis com o cenário de crise econômica que o mundo enfrenta atualmente. A avaliação é de Fabiano Tito Rosa, consultor da Scot Consultoria, de ®MDBO¯®MDNM¯Bebedouro®MDBO¯ ®MDNM¯(SP)®MDBO¯®MDNM¯.

O Brasil se ressentiu dos efeitos da crise global e o setor da carne foi um dos mais atingidos. De acordo com o consultor, o país sofreu com a decisão dos importadores de comprar menos e de pressionar a queda nos preços. ''Com a falta de crédito, os importadores resolveram queimar os estoques e 'jogar' os preços para baixo'', diz.

O resultado foi imediato. O volume exportado, que em outubro do ano passado foi de mais de 116 mil de toneladas, caiu para 73 mil de toneladas no mês seguinte. O valor pago pela tonelada do produto também sofreu queda, passando de US$ 3.398,04 pagos em outubro para US$ 2.187,89 em março deste ano. Internamente, os efeitos foram drásticos: os produtores paranaenses, por exemplo, que recebiam em outubro R$ 85,10 passaram a receber pouco mais de R$ 72,00 em maio. ''A crise provocou também o fechamento de 50 unidades de frigoríficos no país'', relembra Rosa.

A partir de agora, sinais de recuperação começam a surgir. O volume exportado em abril passou das 110 mil toneladas e baixou para pouco mais de 97 mil em maio. ''Este volume, embora muito abaixo do registrado em outubro de 2008, tem se mantido nos níveis normais num cenário de crise'', avalia o consultor.

De acordo com Rosa, o mercado de bovinos brasileiro enfrentou a crise mundial, iniciada em outubro de 2008, com algumas particularidades. Nos últimos anos produtores haviam passado por problemas e se sentiram obrigados a adequar-se à nova situação. ''O abate de matrizes resultou na redução de oferta. Dessa forma, na crise não havia excesso de oferta, e os prejuízos não foram tão grandes'', diz. O consultor afirma que se o mercado nacional estivesse numa situação normal, o valor da arroba que no Paraná caiu para R$ 72,00, teria chegado aos R$ 62,00. 

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