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Exportação de suínos em MS apresenta queda, mas fim do embargo pode mudar

Expectativa para os próximos meses é de melhora da crise


A liberação do embargo argentino à carne suína brasileira, anunciada no início de julho desse ano, deve trazer reflexos na exportação do produto em Mato Grosso do Sul. O mês de junho apresentou queda de 45,4% na receita em relação a maio, caindo de US$ 4,3 milhões de dólares para US$ 2,3 milhões de dólares. O Estado embarcou 911 toneladas, uma diminuição de 5,73% sobre 967 toneladas exportadas em junho de 2011 e uma retração de 20% do valor negociado.


Segundo avaliação da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), o resultado é reflexo da baixa demanda externa e aumento de abates dos animais. “Até o final de junho, os mercados com a Rússia, África do Sul, Albânia e principalmente a Argentina, um dos maiores compradores, estavam suspensos. Em junho também obtivemos maior oferta de animais para o abate, o que também dificultou o escoamento e baixou os preços”. analisa Adriana Mascarenhas, economista e assessora técnica da Famasul.

O aumento de abates de animais foi de 14,51%, subindo de 85,9 mil animais ofertados em junho de 2011 para 98,3 mil em junho desse ano. No acumulado de 2012, o crescimento é de 14,7%. “O que preocupa, diante desse aumento, é o custo de produção. Os preços altos da soja e milho impactam na ração e isso vem diminuindo a margem de lucro do produtor”, aponta Adriana.

A expectativa para os próximos meses é de melhora da crise no setor. “A Argentina voltou a comprar em julho, após a liberação do embargo às carnes suínas brasileiras. Isso vai refletir já no final de julho”, aponta. O país vizinho era, até fevereiro deste ano, quando adotou a restrição, o quarto maior comprador da carne suína do Brasil. De 3,5 mil toneladas, passou a comprar apenas 500 toneladas. No total, 75% do que era produzido no Brasil, era vendido diretamente para a Argentina.


As informações sobre abate, exportação e preços da suinocultura, bovinocultura e avicultura relativos ao mês de março estão disponíveis no Boletim Casa Rural, que agrega ainda informações sobre agricultura. O Boletim pode ser acessado no site da Famasul.

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