Exportação brasileira de carne bovina cresce e bate recorde
China mantém liderança nas compras de carne brasileira
Foto: Pixbay
As exportações brasileiras de carne bovina avançaram em novembro e mantiveram o ritmo observado ao longo de 2025. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o Brasil embarcou 356 mil toneladas no mês, variação de 36,5% frente às 261 mil toneladas enviadas em novembro de 2024. Em receita, houve aumento de 51,9%, passando de US$ 1,23 bilhão para US$ 1,87 bilhão. A Abiec informou que “o volume mensal é um dos maiores já contabilizados”, com 318 mil toneladas de carne in natura.
A China permaneceu como o principal destino, com 178,8 mil toneladas e US$ 974,6 milhões, mantendo participação superior à metade da receita exportada. A União Europeia registrou 15,5 mil toneladas, somando US$ 131,2 milhões, enquanto a Rússia importou 20,3 mil toneladas e US$ 86,6 milhões. O Chile adquiriu 14,8 mil toneladas, totalizando US$ 85,8 milhões, e os Estados Unidos somaram 12,6 mil toneladas e US$ 84,3 milhões. A Abiec também citou o desempenho de México, Filipinas, Indonésia, Emirados Árabes Unidos e Egito.
No acumulado de janeiro a novembro de 2025, o país exportou 3,15 milhões de toneladas de carne bovina, alta de 18,3% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram embarcadas 2,66 milhões de toneladas. A receita chegou a US$ 16,18 bilhões, avanço de 37,5% na comparação anual. O volume registrado de janeiro a novembro já supera o total exportado em todo o ano de 2024, que foi de 2,89 milhões de toneladas e US$ 12,8 bilhões.
A China também lidera o acumulado do ano, com 1,52 milhão de toneladas e US$ 8,08 bilhões, representando 48,3% do volume e 49,9% da receita. Os Estados Unidos aparecem na segunda posição, com 244,5 mil toneladas e US$ 1,46 bilhão, seguidos pela União Europeia, Chile, México, Rússia, Egito, Hong Kong, Filipinas e Arábia Saudita. A Abiec registrou que diversos mercados ampliaram suas compras, citando variações como Indonésia, com alta de 579%, Palestina, com 66%, Canadá, com 96%, Filipinas, com 35%, Egito, com 56%, México, com 105%, China, com 43%, Rússia, com 306%, Chile, com 38% e União Europeia, com 52%.
As exportações para os Estados Unidos mantiveram crescimento ao longo do ano, mesmo com oscilações. Entre janeiro e novembro, os embarques somaram 244,5 mil toneladas, aumento de 109% em relação ao mesmo período de 2024. A receita chegou a US$ 1,464 bilhão, alta de 53,3%. O resultado acumulado se aproxima do total exportado em 2024, quando foram registradas 247 mil toneladas e US$ 1,47 bilhão.
De acordo com a Abiec, os dados de novembro indicam a resiliência do setor diante de variações cambiais, mudanças na oferta global e ajustes regulatórios observados ao longo de 2025. A entidade afirmou que “o crescimento sustentado decorre de fatores estruturais, como produtividade, condições sanitárias reconhecidas internacionalmente, capacidade de atendimento contínuo e diversificação dos destinos”.