Exportações e dólar podem aliviar pressão no algodão
A safra de algodão 2025/26 no Brasil começa com expectativa de crescimento

A safra de algodão 2025/26 no Brasil começa com expectativa de crescimento de área e rendimento estável, mesmo diante de incertezas no mercado e no clima. De acordo com a Céleres, o cultivo deve se beneficiar de condições meteorológicas próximas da neutralidade, o que pode sustentar produtividades dentro da média histórica.
Com uma possível La Niña de baixa intensidade em formação, os riscos climáticos para o algodão se tornam menos acentuados, favorecendo o planejamento agrícola no Cerrado, principal polo de produção do país. A janela de plantio, especialmente para a segunda safra, tende a se manter dentro do cronograma ideal.
Além do clima, o mercado internacional do algodão também exerce influência relevante. A demanda global segue moderada, e os preços internacionais não sinalizam recuperação expressiva no curto prazo. Ainda assim, o Brasil aposta na sua eficiência produtiva para manter competitividade.
A valorização do dólar frente ao real poderia favorecer as exportações, mas as margens seguem pressionadas pelos altos custos de insumos e financiamento. A gestão eficiente de recursos será determinante para a rentabilidade da cultura.
Outro fator que impacta o algodão é a necessidade crescente de práticas sustentáveis, com certificações ganhando relevância nas negociações internacionais. A rastreabilidade e boas práticas agrícolas podem funcionar como diferenciais em mercados exigentes. Combinando clima relativamente estável e foco em produtividade, o algodão brasileiro inicia a temporada com potencial de manter sua relevância global, mesmo diante de um cenário econômico desafiador.