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Extensão da mudança climática depende do local da lavoura

As maiores emissões de CO2  são da região de MATOPIBA



Foto: Marcel Oliveira

A extensão em que a produção e o comércio de soja do Brasil contribuem para a mudança climática depende em grande parte do local onde a soja é cultivada. Isso é demonstrado por um estudo recente realizado pela Universidade de Bonn, na Alemanha, juntamente com parceiros da Espanha, Bélgica e Suécia. 

Em alguns municípios, as emissões de CO2 resultantes da exportação de soja e derivados são 200 vezes maiores que em outros. Entre 2010 e 2015, a União Europeia importou soja principalmente de lugares onde grandes áreas de floresta e savana haviam sido anteriormente convertidas em terras agrícolas. A análise é publicada na revista Global Environmental Change. 

O comércio global de soja é uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa por várias razões, disse o estudo. A conversão da vegetação natural em terras agrícolas é provavelmente a causa mais importante, uma vez que a última geralmente liga consideravelmente menos CO2 do que os ecossistemas originais. Os gases de efeito estufa também são liberados durante a colheita e o processamento da soja em produtos derivados, transporte subsequente aos portos de exportação e transporte. 

"Cada um desses 90.000 fluxos comerciais individuais que foram analisados representa uma combinação específica do município produtor no Brasil, o local em que a soja foi armazenada e pré-processada, os respectivos portos de exportação e importação e, quando apropriado, o país onde o processamento adicional ocorre ", explica o pesquisador do ILR Dr. Neus Escobar. 

As maiores emissões de CO2  são da região de MATOPIBA, no nordeste. Essa região ainda possui grandes áreas cobertas por vegetação natural, principalmente florestas e savanas.  

 

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