Feijão: exportações batem recorde histórico
O Brasil vive um momento histórico
O Brasil vive um momento histórico - Foto: Canva
Segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe), São Paulo retomou a colheita de feijões, ainda com alta umidade nos grãos. Mesmo assim, os melhores lotes chegaram a R$ 255 por saca quando a umidade ficou abaixo de 18%, e a cerca de R$ 240 por saca nos lotes mais úmidos. Com o avanço da colheita previsto para hoje, antes do retorno das chuvas no sábado, o volume disponível tende a aumentar nos próximos dias.
Historicamente, as primeiras cargas costumam ser vendidas ao preço vigente, mas o Ibrafe avalia que, até o fim do mês, a pressão de oferta deve diminuir e abrir espaço para uma retomada de alta. Em dezembro, o volume de negócios tende a cair, e muitos produtores já indicam que devem segurar o produto para vender apenas no próximo ano, apostando em melhores margens.
No cenário externo, o Brasil vive um momento histórico: nunca exportou tanto Feijão quanto em 2025. Foram 450 mil toneladas, somando US$ 380 milhões, sem comprometer o abastecimento interno. Desse total, 235 mil toneladas foram de Feijão Mungo Verde e Feijão-preto, que ganharam espaço nos últimos anos graças à pesquisa e à assistência técnica.
Contudo, o Ibrafe alerta que o principal gargalo hoje vem do governo. Apesar dos esforços do MAPA e da APEX, políticas agrícolas enfraquecidas, crédito escasso e insegurança cambial prejudicam o avanço. Segundo o instituto, restaurar o seguro rural, reativar instrumentos de renda e investir em armazenagem e logística são medidas urgentes. O Brasil já provou que sabe produzir e vender Feijão ao mundo — falta o governo decidir se quer ser gargalo ou alavanca.