Feijão mantém sanidade, mas antracnose preocupa regiões
Produtividade do feijão 1ª safra é estimada em 1.779 kg/ha
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O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (6) aponta que a cultura do feijão 1ª safra mantém “bom desenvolvimento vegetativo na maior parte das regiões produtoras”, impulsionada pelas chuvas recentes, que restauraram a umidade do solo e permitiram retomar as semeaduras atrasadas.
Segundo o documento, “o estande de plantas está, em geral, uniforme”, indicando manejo e nutrição adequados. Em áreas mais adiantadas, já se observa o início da floração e do enchimento de vagens, com “vigor e potencial produtivo satisfatórios”. As temperaturas mais baixas após as precipitações não causaram danos significativos, embora algumas lavouras em floração tenham sido afetadas.
A umidade elevada favoreceu o surgimento de doenças fúngicas, especialmente antracnose, registrada com maior incidência no Noroeste. A área projetada para o feijão 1ª safra é de 26.096 hectares, com produtividade média estimada em 1.779 kg/ha.
Na região administrativa de Erechim, houve atraso na semeadura, mas os cultivos apresentam boa sanidade e crescimento vegetativo, com produtividade média de 2.237 kg/ha. Em Ijuí, a Emater/RS-Ascar informa aumento de antracnose relacionado às chuvas, enquanto as lavouras mais precoces avançam no crescimento vegetativo e iniciam a floração.
Na região de Pelotas, 52% da área prevista está semeada e 6% das lavouras iniciaram a floração. As condições fitossanitárias são consideradas apropriadas. As áreas cultivadas são pequenas e destinadas principalmente ao autoconsumo e ao mercado local.
Em Soledade, as primeiras lavouras semeadas já iniciaram a floração. A Emater/RS-Ascar relata “sanidade satisfatória e boa emergência de plantas”, com produtividade estimada em 1.600 kg/ha. Em Santa Maria, a semeadura atingiu 85% do total previsto. As temperaturas mais baixas prejudicaram parte das lavouras em floração, período de maior sensibilidade térmica.