Feijão no mercado de varejo: uma análise
A clientela é composta principalmente por pessoas das classes C e D
Para compreender o cenário do mercado de varejo, O Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe) analisou um relatório de vendas de janeiro a maio de uma rede de supermercados com 12 lojas no interior do estado de São Paulo. O relatório revelou que o volume de vendas de feijão aumentou 4,62% nesse período.
Para compreender o cenário do mercado de varejo, analisamos um relatório de vendas de janeiro a maio de uma rede de supermercados com 12 lojas no interior do estado de São Paulo. O relatório revelou que, embora o volume de vendas de feijão tenha aumentado 4,62%, o faturamento diminuiu 10,53% devido à queda no preço ao produtor.
A clientela é composta principalmente por pessoas das classes C e D, representando 80% dos consumidores. Esta parcela da população é extremamente sensível às variações de preço e tende a reduzir o consumo quando os valores ultrapassam um certo limite. Projetar o ideal para o consumo brasileiro envolve buscar a estabilidade de preços. No entanto, equilibrar os preços entre o produtor e o consumidor é complexo, especialmente para produtos como o feijão-carioca, que ainda não possui comércio mundial significativo.
A exportação pode ser uma solução para absorver o excedente e contribuir para o equilíbrio de preços. Recentemente, o feijão-preto teve produção suficiente para manter as cotações abaixo do custo devido à demanda internacional no momento da colheita, embora tenha sido uma coincidência. Para evoluir nesse aspecto, é necessário um maior conhecimento sobre o abastecimento mundial e uma comunicação eficaz das perspectivas aos produtores, que tomarão suas decisões de plantio.