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Feijão se recupera, mas perdas ainda limitam produtividade

Área de feijão é estimada em 26 mil hectares no Estado


Foto: Canva

A recorrência de chuvas registrada entre os dias 8 e 21 de dezembro favoreceu a recuperação fisiológica e o desenvolvimento do feijão de primeira safra no Rio Grande do Sul. As informações constam no Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (25). Apesar do retorno das precipitações, lavouras que enfrentaram restrição hídrica nas fases de formação e enchimento de grãos mantêm potencial produtivo reduzido, reflexo da menor emissão de vagens e da diminuição do número de grãos por vagem.

Segundo o levantamento, as áreas que já se encontram em colheita não foram impactadas pela redução das chuvas no período mais recente e apresentam boa qualidade. De acordo com a Emater/RS-Ascar, os grãos colhidos têm maior calibre e não apresentam danos ao tegumento. A situação fitossanitária é considerada satisfatória, com monitoramento contínuo de pragas e doenças e aplicação de controles sempre que necessário.

A projeção da Emater/RS-Ascar indica área cultivada de 26.096 hectares, com produtividade média estimada em 1.779 quilos por hectare. Na região administrativa de Caxias do Sul, a semeadura foi iniciada recentemente e deve avançar até o início de janeiro. Conforme o informativo, há tendência de redução da área plantada em relação à expectativa inicial, atribuída à baixa cotação do grão no mercado.

Na região de Ijuí, 16% das lavouras já foram colhidas, com produtividade levemente abaixo do esperado, embora a qualidade dos grãos seja considerada adequada. Em Pelotas, o plantio ocorreu de acordo com as condições de umidade do solo, alcançando 82% da intenção de cultivo, com áreas distribuídas entre crescimento vegetativo, florescimento, granação, maturação e colheita.

Em Soledade, o retorno da umidade a níveis adequados normalizou o crescimento das lavouras, que seguem dentro do esperado, apesar de perdas pontuais causadas pela restrição hídrica. Nas áreas de menor altitude, os grãos colhidos apresentam tamanho e qualidade apropriados, sendo essas lavouras majoritariamente destinadas à subsistência familiar, com comercialização do excedente.

No mercado, o preço médio do feijão apresentou valorização. Conforme o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar, a saca de 60 quilos teve alta de 3,89% em relação à semana anterior, passando de R$ 115,30 para R$ 119,78 no Estado.

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