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Ferrugem e nematóides são as principais doenças da soja brasileira

Durante 2010/11, o número de casos de ferrugem caiu para o menor nível desde 2004/05


Produtores de soja brasileiros estão esperando que o seu sucesso contra a ferrugem da soja no ano passado possa ser repetido novamente durante esse ano. A ferrugem da soja é uma doença devastadora se não for controlada, podendo causar perdas de até 80%. Durante a temporada de 2010/11, o número de casos de ferrugem registrados no Brasil caiu para o menor nível desde 2004/05 e a quantidade de danos causados pela doença foi de 70% a menos que no ano anterior. Até agora houve apenas 15 casos da doença confirmados no Brasil.


Durante os dez anos que a doença está presente no Brasil, os produtores calculam um custo estimado de 19,7 bilhões dólares em produção perdida e com os custos de controle químico. A aplicação correta de fungicidas pode manter a doença sob controle, mas várias aplicações são necessárias durante a época de crescimento. Outras práticas que foram bem sucedidas no controle da doença têm sido a adoção de variedades de sojas mais resistentes à doença e à observância do período do vazio sanitário que é de 90 dias (15 junho - 15 setembro), que foi instituído na maioria dos estados produtores de soja no Brasil.

No estado de Mato Grosso, que é o maior estado produtor de soja do Brasil, a doença teve um custo estimado aos produtores de 9,2 bilhões dólares ao longo dos últimos dez anos. Felizmente, a doença foi de menor importância em 2010/11 com apenas 50 casos confirmados no estado em comparação com os 600 casos em 2009/10. Até agora, não há casos da doença que foram confirmados no estado.

Enquanto a ferrugem da soja recebe maior parte da atenção, o que vem roubando a produtividade em lavouras brasileiras de soja são os nematóides, que são vermes microscópicos que se alimentam de raízes de soja. Enquanto a ferrugem pode ser controlada com o uso adequado de fungicidas, os nematóides são muito mais difíceis de controlar. Nematóides tornaram-se uma doença da soja, principalmente, devido à natureza da produção de soja no Brasil.


A maioria da soja no Brasil é produzida como monocultura, o que significa que a soja é plantada ano a ano na mesma área. A maneira mais eficaz para controlar os nematóides é plantar variedades de soja resistentes e fazer rotatividade, mas como a maioria dos campos de soja não são trocados por outra cultura, a população de nematóides acaba aumentando e reduzindo os níveis de produtividade. Mesmo que eles façam a rotatividade de culturas, os nematóides podem persistir no solo por até dez anos.

Portanto, a medida de controle mais eficaz é plantar variedades de soja que são resistentes aos vários tipos nematóides predominantes na área, mas, infelizmente, a doença pode desenvolver resistência às novas variedades de soja tão rápido quanto os pesquisadores possam desenvolver outras variedades, enfim, uma batalha sem fim de controlá-la.

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