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Fertilizante inédito combate o greening

Pesquisa resultou em fórmula que se mostrou bastante eficiente contra a doença


Foto: Pixabay

O greening é considerado a principal doença da citricultura brasileira e afeta 18% dos estimados mais de 200 milhões de pés de laranja e outros citros cultivados nas principais regiões produtoras - São Paulo, Minas Gerais e Paraná. 

Uma pesquisa inédita desenvolvida nos laboratórios do Centro de Citricultura do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em Cordeirópolis (SP), resultou em um produto sustentável e que já está disponível para combate as doenças bacterianas em citros. 

O produto, comercializado sob a forma de um fertilizante, surgiu da N-acetilcisteína (NAC), uma substância usada tanto como expectorante e suplemento alimentar para humanos, por ser um eficiente antioxidante. A molécula teve excelentes resultados neutralizando as colônias bacterianas causadoras das doenças amarelinho e também do cancro cítrico. 

O estudo é da bióloga e pesquisadora Dra. Simone Cristina Picchi, criadora da startup CiaCamp, que usa espaço compartilhado no IAC e teve a liderança da pesquisadora do IAC Alessandra Alves de Souza.

Resultados a campo

Os primeiros experimentos realizados para o controle de amarelinho e cancro cítrico foram em pomares paulista e resultaram em menor incidência das doenças e maior produtividade com maior quantidade de frutos, de tamanhos maiores.

Com esses bons resultados, comandados pelo pesquisador do IAC Dr. Helvécio Della Coletta-Filho, Simone resolveu acelerar o desenvolvimento de formulações para o manejo do greening. Com isso a CiaCamp detém os direitos da tecnologia, patenteada pelo IAC e que passou a ser comercializada em setembro de 2019 com a marca Granblack.

Como funciona

O produto é um fertilizante líquido que pode ser aplicado no solo ou nas folhas. Age como estimulador dos vasos da planta, permitindo que ela absorva melhor os nutrientes e crie mais força contra a doença. Também age contra outros fatores de estresse como como calor, radiação ultravioleta e hídrico. “Não se trata de um remédio, mas sim, um suplemento para as plantas que não prejudica o solo, as folhas e os frutos”, comemora Alessandra.

Além do citros outras culturas como o milho, ameixa, uva e tabaco também já estão recebendo aplicações bem-sucedidas do fertilizante.
 

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