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Força aérea contra Aedes Aegypti: “recomendado pela Organização Mundial da Saúde”

Aponta Dr. Marcos Vilela, do CBB


 

“O uso de aeronaves para o controle de vetores de doenças humanas com inseticidas seletivos e de baixa toxicidade para o homem, aves e animais domésticos, em Ultra Baixos Volumes, abaixo de 0,5 litros por hectare, é utilizado em todo o mundo há várias décadas. É recomendado pela Organização Mundial da Saúde e considerado pelos especialistas a única tecnologia eficiente para prevenir ou reduzir com rapidez as epidemias nas cidades”. A avaliação é do Dr. Marcos Vilela de M. Monteiro, diretor do Centro Brasileiro de Bioaeronáutica (CBB).

Ele explica que, “em países de grande extensão territorial, baixo nível de educação, baixa eficiência dos sistemas de saúde pública e carência de especialistas em tecnologia de aplicação de defensivos é impossível o controle de epidemias pelos métodos convencionais através de medidas culturais e ou aplicações terrestres de inseticidas”.

Vilela lembra que nas últimas décadas o Brasil não se conseguiu debelar uma só epidemia. “Nos Estados Unidos que tem o sistema aéreo de controle de vetores mais desenvolvido do mundo, nenhuma epidemia causada por nenhum vetor conseguiu se desenvolver nas últimas décadas”, argumenta.

Relatório do Dr.Gary Mount, do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês, vinculado ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), cita textualmente: “Atualmente e em futuro previsível, as pulverizações aéreas no sistema UBV são a única tecnologia disponível para o tratamento rápido e eficiente de mosquitos em situações de emergências”.

O diretor do CBB vai ainda além, e diz que a proibição do uso de aeronaves para o controle de vetores de epidemias “mesmo em situações de emergência” foi uma “condenação inaceitável de milhares de brasileiros à morte por Dengue, Chicungunya, Zika e Febre Amarela, em um país que possui a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, com excelentes pilotos, técnicos e equipes de apoio, prontos para serem treinados nessa tecnologia de ponta que é o sistema de Ultra Baixo Volume”.

“A remoção do impedimento ao uso do avião no controle das epidemias através da Lei 13.301/2016 permite que a nossa Aviação Agrícola possa se preparar e realizar essa importante missão que se tornará uma das atividades mais importantes para a saúde pública do nosso país. Este preparo levará meses ou anos devido ao nosso atraso nessa tecnologia, falta de especialistas e as dificuldades técnicas das aplicações sanitárias”, conclui.

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