CI

Formação da Corteva foi um trabalho árduo de tecnologia

Desde o ano passamos fizemos um investimento interno grande para criar entre os colaboradores a “cultura Corteva”


A trajetória da Corteva Agriscience começou no dia 31 de agosto de 2017 quando foi concluída a fusão entre a Dow Chemical e a DuPont. Em março do ano passado, a empresa anunciou no mercado global a nova marca da divisão agrícola, a Corteva. O nome é fruto da combinação da palavra “cor”, que vem de coração, e “teva”, que significa natureza, ou seja, coração da natureza. No começo de junho deste ano a empresa passou a operar na Bolsa de Valores de Nova York. 

Essa fusão demandou adequações de vários setores das empresas-origem. Conversamos com Eduardo Viana, líder de Tecnologia da Informação Brasil e Paraguai, para entender como se deu esse processo, as estratégias da empresa para se aproximar do público que não é do agronegócio e como o setor vem se adequando às demandas de tecnologia, cada vez mais presentes no campo.

Portal Agrolink: a fusão foi concluída recentemente e muitas questões ainda estão em andamento. Como foi este processo?
Eduardo:
a nossa primeira meta enquanto Corteva seria fazer a separação das empresas que constituíram a nova marca – Dow, Dupont e Pionner. Fizemos um trabalho muito forte que foi finalizado neste ano para que pudéssemos separar e ter o lançamento independente das ações na Bolsa de Valores de Nova York. Foi um trabalho árduo, com diversas adequações de sistemas das empresas origem. O segundo passo foi unificar e harmonizar esses sistemas. Como viemos de três empresas tínhamos três de tudo: três redes, três servidores, três nuvens e por aí vai. Isso ainda está sendo feito junto com a transformação digital. Ao mesmo tempo seguimos com os desafios locais para Brasil e Paraguai que é continuar atendendo os clientes, revendas e parceiros comerciais da região.

Portal Agrolink: a mudança gerou receio em algum momento?
Eduardo:
esse momento ao mesmo tempo nos coloca numa obrigação de mudar para algo novo e melhor. Não escolhemos o caminho mais fácil. Escolhemos aquele que consideramos o melhor caminho. O mais fácil seria escolher um dos três sistemas que já funcionava bem e seguir utilizando. A ideia sempre foi lançar uma nova plataforma muito mais digital, integrada e conectada que vai oferecer essa transformação adequada e oferecer aos clientes melhores serviços e novas formas de acessar o mercado. A grande preocupação é atender bem o cliente, ouvir as necessidades dele e também dos consumidores, fazendo esse diálogo com eles também. 

Portal Agrolink: diante do cenário de agricultura digital o setor de TI também está se reinventando para assistir as outras áreas da Corteva nesse aspecto?
Eduardo:
sim, com certeza. Desde o ano passamos fizemos um investimento interno grande para criar entre os colaboradores a “cultura Corteva”, entre aqueles que vieram das três empresas formadoras. Depois buscamos a transformação digital agregando valor ao negócio e possibilitando fazer vendas e lançar produtos. Ao mesmo tempo em que fazemos o dever de casa não podemos descuidar do negócio porque a concorrência não caminha, voa. Temos que estar sempre preparados aos movimentos do mercado. Os times de negócios, comercial e marketing andam junto nesse processo. O brasileiro é muito exigente e criativo e demanda mais das empresas. Dentro do setor de tecnologia também temos que estar atentos à isso.  

Portal Agrolink: a onda de fake News e desinformações no agronegócio é crescente. Como Estão buscando atenuar ou solucionar isso?
Eduardo:
temos um projeto piloto, lançado na América Latina, onde a Argentina e os Estados Unidos foram escolhidos para esse primeiro momento. O objetivo é deixar um legado para as novas gerações. O modelo adotado foi tipo uma feira de ciências, em parceria com duas consultorias, para “gameficar” uma experiência de aprendizado com 600 adolescentes do Ensino Médio. Nesse modelo as  alunos passaram pelos principais conceitos e conhecimentos dos três pilares que regem o nosso negócio: sustentabilidade, alimento e agricultura. Nesse contexto desmistificamos questões como uso de defensivos agrícolas, a importância de cuidar da terra, dos recursos naturais e os insumos utilizados na produção. Esse programa teve duração de quatro semanas (setembro e outubro de 2019). Outro objetivo foi conectar, por meio de uma rede global, estudantes de um país em desenvolvimento (Argentina – regiões de Buenos Aires e Rosário) com os de um país desenvolvido (EUA – Indianápolis). Eles interagiam entre si. Ao mesmo tempo em que aprendiam conhecimento técnico através de um aplicativo, eles tinham que ir para a rua fazer atividades reais dentro da proposta dos três temas e reportar no app o que haviam aprendido, trocando experiências.  No final os alunos destaque receberam premiações. Isso não tem nada a ver com aumento de vendas ou de rentabilidade mas sim gerar um legado para a sociedade tentando esclarecer alguns conceitos e desinformação no agro. 
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.