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Frango, ovo, milho e inflação nos 15 anos do real

Entre os três produtos, o frango vivo é, no momento, o que apresenta desempenho menos ruim


A inflação apontada pelo indicador “Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna” (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas totalizou até junho último, quando o Plano Real completou 15 anos de existência, evolução de 299,97%. Ou seja, praticamente retrocedeu aos níveis registrados um ano atrás (junho de 2008) quando registrou evolução de 296,95% (cinco meses depois, em novembro de 2009, essa evolução chegaria a 305,98%).

O retrocesso, entretanto, continua tendo pequeno reflexo sobre produtos agropecuários como o frango, o ovo e o milho. E a situação pior, aqui, é a do ovo que, frente a uma inflação de cerca de 300%, obteve um incremento de preços de apenas 123,77%. Ou seja: se tivesse, simplesmente, acompanhado o IGP-DI, o ovo teria alcançado, em junho passado, valor médio de R$77,07/caixa. Como foi comercializado por R$43,12/caixa, alcançou pouco mais da metade (56%) de seu justo valor.

O milho, cujos preços na vigência do real evoluíram 188,90% vem a seguir. Pelo IGP-DI, deveria ser comercializado por cerca de R$30,64/saca. Mas apresentou em junho valor médio de R$22,13/saca. Assim, ficou a 72% da inflação acumulada no período.

Entre os três produtos, o frango vivo é, no momento, o que apresenta desempenho menos ruim, pois teve, na vigência do real, uma evolução de preços da ordem de 213,33%. Mas se acompanhasse o IGP-DI teria alcançado no último mês do primeiro semestre de 2009 cotação média de R$2,40/kg. Como seu preço médio em junho ficou em R$1,88/kg, terminou o semestre a 78% da inflação acumulada em 15 anos.
 
 

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