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Frete rodoviário é mais barato que o sistema multimodal, diz Conab

Para levar produção de MT para o Nordeste a economia chega a 47%


O transporte rodoviário para o escoamento da produção é mais barato que sistema multimodal, com a utilização conjunta dos modos rodoviários, hidroviários e de cabotagem. Para levar a produção de Mato Grosso para o Nordeste a economia chega a 47%, de acordo com uma pesquisa feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 


O estudo demonstra que o custo de deslocamento de milho do Mato Grosso e Goiás para os estados nordestinos, pelo modo rodoviário, seriam gastos cerca de R$ 370,00 por tonelada. "Caso utilizássemos o sistema multimodal, entre Mato Grosso e Bahia o valor seria de quase R$ 700,00 por tonelada", explica o Superintendente de Logística Operacional da Conab, Carlos Eduardo Tavares.

Outra alternativa analisada foi a utilização da multimodalidade rodo-cabotagem-rodo entre a zona de produção do Paraná e Bahia, que apresentou valor superior a R$ 650,00 por tonelada. "As grandes distâncias rodoviárias, necessárias para alcançar roteiros onde são utilizados veículos de grande porte (hidrovia, ferrovia, marítima), acarretam elevados custos logísticos totais", completa.

Conforme o estudo, outro fator que torna o modo rodoviário mais atrativo é o nível de serviço oferecido. Basicamente, o tempo do caminhão no percurso de origem é de 3 a 6 dias, enquanto no sistema multimodal, pela necessidade de consolidação das cargas (descarregar vários caminhões para encher um navio), pela distância a ser percorrida em veículos de baixa velocidade e pelo tempo de descarregamento nos portos, o prazo de remoção chega a 45 dias.


O levantamento aponta ainda que, devido o crescimento da produção agrícola, a ferrovia deveria ser o modo básico de transporte para movimentar estoques públicos da região Centro-Sul para o Nordeste. Em Mato Grosso, os produtores pedem a conclusão das ferrovias para que o custo de produção reduza. "Sabemos que a ferrovia é a melhor opção, mas que deve ser feita a longo prazo", acrescenta o secretário da Casa Civil de Mato Grosso, Pedro Nadaf. Segundo ele, o governo deve ter mais empenho para que o impasse seja resolvido. "Do contrário o aumento da produção será prejudicada".

*com informaçãos da Conab

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