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Frigorífico Chapecó negocia R$ 115 milhões em dívida com fornecedor


A direção do Frigorífico Chapecó deflagrou nessa semana o processo de negociação dos R$ 115 milhões em dívidas com os fornecedores das suas quatro unidades industriais. O trabalho faz parte do plano de saneamento de passivos que deve permitir a venda da companhia ao grupo francês Dreyfus.

A proposta da empresa é quitar integralmente os compromissos com os pequenos credores e negociar índices de deságio diferentes para os médios e grandes credores. A tendência é de que os grandes credores, mesmo assim, recebam o dobro, em termos percentuais, do que será repassado às instituições financeiras: cerca de 20% dos valores devidos.

Segundo o prefeito de Chapecó e líder do fórum de prefeitos que trabalha pelo salvamento da empresa, Pedro Uczai (PT), o argumento usado nas negociações com os fornecedores é o mesmo que foi aplicado durante os debates com os bancos. A empresa vai apelar ao bom senso dos empresários e explicar que não reúne condições de promover o pagamento integral. Em caso de falência e fracasso nas negociações de venda, todos saem perdendo. Com a empresa funcionando novamente, no entanto, novos negócios poderão ser fechados e os fornecedores teriam a chance de recuperar o que foi perdido.

As negociações, ao contrário do que aconteceu com os bancos, estão sendo realizadas de forma individual. A Chapecó tem pressa na realização dos acertos, pois tem prazo até o final de agosto para o fechamento da negociação com a Dreyfus. A meta da empresa, por outro lado, é concluir todo o trabalho de repactuação da divida até o final do mês, evitando maiores prejuízos, principalmente na área social. A empresa está com as fábricas paradas desde maio.

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