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Frutas ficaram mais baratas em setembro

Única valorização significativa foi da laranja. Melancia e mamão tiveram queda


Foto: Nadia Borges

As principais frutas analisadas pelo 10º Boletim Prohort divulgado, divulgado nesta quarta-feira (21), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), tiveram baixa nos preços nas principais centrais de abastecimento do país.

As altas temperaturas também intensificaram a entrada de melancia no mercado. Com a elevação da oferta principalmente da região de Uruana, em Goiás, os preços no acatado ficaram mais baixos, estimulando a demanda. O volume da melancia negociado em nove centrais de abastecimento analisadas no boletim chegou a ser 60% superior ao registrado em agosto deste ano. A maior queda foi registrada em São Paulo e no Rio de Janeiro, com 27% mas todas as centrais analisadas tiveram baixa nos preços.

Outro produto influenciado pelo clima é o mamão, que ficou mais barato no mercado atacadista devido ao amadurecimento acelerado. Queda superior a 36% em Belo Horizonte. Houve aumento da oferta de papaya originária do norte capixaba e sul baiano, em virtude da alta temperatura que acelerou o amadurecimento. Já a produção de mamão formosa cresceu no norte capixaba. Os preços só não ficaram maiores ainda em razão da presença de doenças fúngicas em alguns lotes para venda.

A banana se manteve equilibrada. Caiu 30% em Fortaleza e 19% em Recife mas subiu acima de 20% em Curitiba, São Paulo e Belo Horizonte. Em setembro, foi registrada, novamente, baixa oferta da banana nanica, com a redução da oferta da variedade prata, o que significou alta de preços principalmente para os entrepostos atacadistas do Centro-Sul do país. As exportações até setembro apresentaram bons patamares.

Já a maçã caiu na maioria das praças, com baixa de 9% em São Paulo e registrando alta de 12% em Goiânia. As maçãs graúdas tiveram mais dificuldade ao serem escoadas na primeira quinzena do mês. Já na segunda quinzena, a situação melhorou. As exportações continuam sendo alternativa relevante para os produtores, especialmente as miúdas direcionadas para Bangladesh, na Ásia.

A valorização do mês ficou por conta da laranja, que subiu em todas as centrais, com destaque para Brasília, com alta de 17%. Isso pode ser explicado pela maior demanda em meio ao aumento do calor e a menor disponibilidade de frutas de boa categoria. As vendas externas aumentaram e podem se elevar ainda mais, levando-se em conta a menor safra esperada na Flórida, Estados Unidos.

O levantamento dos dados estatísticos que possibilitou a análise deste mês foi realizado nas Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, Goiânia/GO, Brasília/DF, Fortaleza/CE e Recife/PE.

Tradicionalmente, além das frutas e hortaliças analisadas regularmente nesta publicação, o Prohort informa outros produtos importantes na composição do quadro alimentar do consumidor.Em relação às frutas comercializadas na Ceagesp - São Paulo, foram registradas quedas significativas nos preços do pêssego (41%), caju (28%), acerola (15%), maracujá (14%), nectarina (10%) e jaca (9%).

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