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Fruticultura reduz custo de exportação


Os produtores de manga do Projeto Jaíba, no Norte de Minas, estão exportando cerca de 45 toneladas da fruta para Lisboa, em Portugal, por semana, utilizando o Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. No entanto, 75 toneladas ainda são enviadas para Londres, na Inglaterra, e Paris, na França, pelos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, já que o único voo de Confins para a Europa é da empresa aérea portuguesa TAP,com destino àquele país.

O secretário municipal de Agronegócios de Jaíba, Randolfo Diniz, está negociando com a TAP a distribuição de toda a carga de manga para a Europa. Jaíba exporta também, em média, 140 toneladas de limão e 66 toneladas de banana orgânica, para países europeus, por transporte marítimo, em razão do menor custo do frete, que é de R$ 0,30 o quilo.

Diniz afirma que a rota de exportação por Confins começou a ser usada em junho. “O produtor vende a manga no Brasil, atualmente, por R$ 0,90 o quilo. Se não estivesse exportando, o preço cairia ainda mais. O produto é vendido para o mercado internacional a R$ 1,40 o quilo”.

A rota por Confins, segundo Randolfo Diniz, encurta a viagem, já que de Jaíba a São Paulo são 1.250 quilômetros, e para Confins, 630. “Houve uma redução de cerca de 50% nos custos de logística, além de permitir três viagens por semana. As frutas, agora, são colhidas e embaladas no Projeto Jaíba e, no dia seguinte, já estão no avião para o transporte a Portugal. O tempo menor de viagem reduz danos à qualidade da fruta, diminui gastos e os produtores têm maior competitividade no mercado europeu”, afirma Diniz. A experiência deve ser estendida à exportação de outras frutas, como banana, mamão, cajá e atemóia.

O presidente da Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Dirceu Colares, afirma que o Norte de Minas possui cerca de 4 mil hectares produzindo manga, a segunda fruta mais plantada na região, perdendo somente para a banana. “O novo sistema de logística vai estimular os produtores a venderem para o mercado externo, transformando a região em um grande polo exportador”, alega.

Para o prefeito de Jaíba, Sildete Rodrigues de Araújo, a iniciativa é importante. “Além de benefícios ao fruticultor, gera mais renda para a região e já aumentou a demanda de empregos com o beneficiamento das frutas.”

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