Futuros dos EUA perdem terreno

Os contratos futuros de soja e grãos caíram nas negociações da noite em meio a preocupações contínuas sobre a demanda por suprimentos dos EUA, à medida que os protestos na China e nos embarques do Mar Negro se expandem, segundo o agriculture.com. Milhares de manifestantes foram às ruas na China, o maior importador mundial de soja, para protestar contra as restrições do COVID-19. Os protestos são raros no país asiático e há preocupação de que a demanda por matérias-primas diminua em meio à agitação.

Os manifestantes estão pedindo a renúncia do líder Xi Jinping. Em resposta, a polícia foi filmada arrastando e espancando aqueles que saíram às ruas. Enquanto isso, na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky anunciou no fim de semana um plano para enviar US$ 150 milhões em produtos agrícolas para os países mais vulneráveis do mundo, em uma tentativa de conter a fome no mundo.

O plano, apelidado de "Grão da Ucrânia", enviará suprimentos para nações pobres, incluindo Etiópia, Sudão e Somália, disse Zelensky, de acordo com vários relatos da mídia. Pelo menos 60 navios navegarão para os países mais necessitados, disse ele. Alexander Kubrakov, ministro da infraestrutura da Ucrânia, disse em um comunicado que 77 navios estão alinhados para inspeção na Turquia como parte da Iniciativa de Grãos do Mar Negro, que foi recentemente prorrogada por seis meses.

Ainda assim, apenas cerca de metade dos portos marítimos estão sendo usados devido ao acúmulo de navios na Turquia, disse ele em um tweet. Kubrakov acusou a Rússia de retardar intencionalmente as inspeções, levando à longa fila de navios. Os contratos futuros de soja para entrega em janeiro caíram 5 centavos para US$ 14,31 ¼ o bushel durante a noite na Bolsa de Comércio de Chicago. O farelo de soja caiu 70 centavos, para US$ 405,60 a tonelada curta, e o óleo de soja caiu 0,95 centavos, para 70,76 centavos de dólar a libra.