Os futuros da soja e do milho subiram nas negociações da madrugada em meio à demanda contínua por suprimentos dos Estados Unidos. O México comprou outras 104 mil toneladas métricas de milho para entrega na campanha que começou em 1º de setembro, informou ontem o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em um relatório.
Isso segue as vendas de 220 mil toneladas de soja para um país não identificado anunciadas pelo USDA na quinta-feira e de 124 mil toneladas de milho para o Japão anunciadas um dia antes. Os preços têm subido em meio a condições climáticas adversas em partes do Brasil e da Argentina. O clima quente e seco em algumas partes dos países da América do Sul restringiu as perspectivas de colheita e retardou o transporte das áreas centrais de cultivo do Brasil para os portos costeiros.
Ainda assim, os ganhos de preços estão a ser limitados pelo clima húmido em algumas regiões produtoras. “As chuvas nas áreas central e noroeste (do Brasil) esta semana devem finalmente melhorar a umidade e as condições das colheitas”, disse Don Keeney, meteorologista agrícola da Maxar.
As chuvas nesta semana favorecerão diversas áreas, incluindo Mato Grosso, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul, disse o meteorologista em nota aos clientes. Na Argentina, as chuvas ajudarão a hidratar o solo em partes de Córdoba e Santa Fé, mas a seca persistirá no oeste de Buenos Aires, disse Keeney.
Os futuros da soja para entrega em janeiro subiram 6 centavos, para US$ 13,73 ¼ por bushel durante a noite na Bolsa de Chicago. O farelo de soja subiu US$ 5,50, para US$ 448,80 a tonelada curta, e o óleo de soja perdeu 0,52 centavos, para 51,87 centavos a libra. O milho para entrega em dezembro subiu 2 centavos, para US$ 4,89 ½ por bushel. Os futuros do trigo para entrega em dezembro ganharam 3/4 ¢, para US$ 5,71 ¼ o bushel, e os futuros de Kansas City subiram 1 ¢, para US$ 6,21 ¼ o bushel.