Futuros fecham em alta de 16 pontos em Chicago
O contrato de março atingiu uma alta de $ 14,09/bu
Os futuros da soja em Chicago subiram 15-18 c/bu na terça-feira, na expectativa de que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) cortaria os estoques finais dos EUA para o ano comercial de 2020/21, mas apesar do relatório Wasde ter superado as expectativas, a soja diminuiu no final do dia. As informações são da TF Agroeconômica.
“O contrato de março atingiu uma alta de $ 14,09/bu - o nível mais alto desde meados de janeiro deste ano - antes de voltar a $ 13,92/bu até o momento da publicação. Isso representou um aumento marginal no dia. A flexibilização ocorreu apesar do USDA cortar as ações mais do que o esperado - com os observadores da bola de cristal sugerindo que as ações finais cairiam para 120 milhões de bu, 6 milhões de bu mais do que uma pesquisa de analistas esperava”, comenta a consultoria.
O número, que equivale a um corte de 550.000 toneladas métricas, deve-se exclusivamente à onda de compras sustentada pelos britadores chineses nos últimos meses. As ações agora representam uma baixa de oito anos.
“O câmbio teve uma tarde agitada, com duas intervenções inesperadas do Banco Central. Com o real operando descolado de seus pares emergentes, por causa do desconforto causado pela situação fiscal do Brasil, e a moeda americana batendo em R$ 5,45, o BC fez dois leilões de swap (venda de dólar no mercado futuro), somando US$ 1 bilhão. As operações conseguiram acalmar o mercado, mas mesmo assim o dólar ainda fechou em alta. Profissionais das mesas de câmbio dizem que leilões serão ineficazes se a situação fiscal não melhorar, sobretudo após a frustração da visão inicial de que o auxílio emergencial teria como contrapartida o avanço do ajuste das contas públicas, o que o Congresso não sinaliza ter interesse em fazer neste momento”, conclui.