Goiás acelera semeadura do milho com melhora climática
Exportações de milho devem crescer 16,3% em 2025/26
Foto: Pixabay
O ritmo de plantio do milho em Goiás avançou ao longo de novembro, impulsionado pela maior previsibilidade das chuvas no período. Segundo a edição de dezembro do informativo mensal Agro em Dados, elaborado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), até o dia 8 do mês apenas 8% da área estimada para a primeira safra havia sido semeada no estado.
O avanço ganhou intensidade a partir da terceira semana de novembro, quando o percentual plantado saltou para 39%, aproximando-se da média registrada nos últimos cinco anos, de 40,8%. O documento atribui o desempenho à regularização das precipitações, que trouxe maior segurança aos produtores para acelerar a semeadura. Entre os dias 23 e 29 de novembro, o plantio manteve ritmo elevado e alcançou 55% da área prevista. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nas regiões Leste e Norte de Goiás, o plantio já se encontrava praticamente concluído nesse período.
Além do desempenho no campo, o milho segue ocupando posição de destaque no comércio exterior goiano. No acumulado de janeiro a outubro de 2025, o grão foi o terceiro produto com maior valor exportado pelo estado, atrás apenas da soja e da carne bovina. A participação do milho no valor total exportado pelo agronegócio goiano cresceu de 5,8% para 7,1% em comparação ao ano anterior, refletindo o fortalecimento da demanda internacional.
A perspectiva para a safra brasileira 2025/26 é de continuidade desse movimento. A Conab projeta crescimento de 16,3% nas exportações de milho em relação ao ciclo anterior, sinalizando a manutenção de um cenário externo favorável. O aumento dos estoques ao final da safra 2024/25 resultou em um volume inicial mais robusto para o novo ciclo, ampliando a oferta disponível no mercado e sustentando expectativas positivas tanto para o consumo interno quanto para as vendas externas.
Segundo a Conab, o consumo doméstico de milho mantém trajetória de crescimento desde a safra 2020/21 e deve atingir 94,6 milhões de toneladas em 2025/26. Esse avanço é atribuído, principalmente, à expansão dos plantéis de aves e suínos e ao aumento da produção de etanol de milho, fatores que seguem elevando de forma consistente a demanda pelo grão no país.