Gordura trans e óleo de palma farão Agropalma crescer 38%
A brasileira Agropalma espera ampliar sua produção em 38% em cinco anos com a nova demanda por seu produto
A gordura trans, ou vegetal hidrogenada, deixou de passar despercebida nos rótulos de alimentos desde o início deste mês. A resolução 360 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina a discriminação do volume, em gramas, deste tipo de gordura, considerada prejudicial à saúde em grandes quantidades. A brasileira Agropalma, maior fabricante na América Latina de óleo de palma (conhecido também como óleo de dendê) espera ampliar sua produção em 38% em cinco anos com a nova demanda por seu produto, que representa uma alternativa natural à gordura trans.
A empresa deverá ampliar sua produção das atuais 145 mil toneladas ao ano para 200 mil toneladas. A demanda do público doméstico e internacional já fez grandes empresas como Elma Chips, Nissin-Ajinomoto, Yoki e Kibon recorrerem ao óleo de palma da empresa.
A diferença entre os produtos é que a gordura trans precisa ser modificada para dar aspecto homogêneo e sólido alimentos na temperatura ambiente. A gordura da palma não necessita modificação, já que o ponto de solidez está próximo da temperatura normal.
Três bolachas recheadas, 200 gramas de pipoca de microondas ou uma porção de margarina no pão. Isso já representa os 2 gramas da gordura recomendados pela Anvisa como consumo máximo diário.
"Hoje no supermercado já há várias embalagens mostrando não ter gordura trans. Com o tripé formado pelo cuidado da indústria com sua imagem, regulação da Anvisa e consciência do consumidor, o Brasil pode sair de 11º produtor mundial para uma colocação melhor", disse o diretor Marcello Brito. A empresa já exporta para EUA, Canadá, Europa e América Latina. O produto é usado também em cosméticos e na siderurgia.