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Governo quer acelerar 'Mais Alimentos'

Plano do governo para estimular a mecanização das propriedades familiares cumpriu em seu primeiro ano 18% da meta de vendas de tratores


De Brasília - O plano do governo para estimular a mecanização das propriedades familiares, batizado "Mais Alimentos", cumpriu em seu primeiro ano 18% da meta de vendas de tratores e 42% do objetivo traçado para a elevação da produção até 2010.

Em balanço apresentado na quinta-feira ao presidente Lula, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse que o programa federal, em vigor há um ano, ajudou a indústria nacional a vender 11 mil tratores "populares" e adicionou 7,8 milhões de toneladas de mandioca, milho, feijão, café, arroz, trigo e leite. O plano prevê a venda de 60 mil tratores e a produção adicional de 18,6 milhões de toneladas de alimentos.

Em cerimônia no Palácio da Alvorada, o ministro informou ao presidente que 61% de todos os tratores de até 78 cavalos de potência produzidos até maio tiveram os benefícios do "Mais Alimentos". "Ou seja, a cada cinco tratores, três foram vendidos por meio da linha de crédito", afirmou, em nota. Segundo ele, o programa ajudou a manter 2,3 mil empregos na indústria de tratores, o equivalente a 41% da mão-de-obra do segmento.

O programa federal garantiu, em acordo inédito com a indústria, descontos médios de 15% para tratores "populares" e induziu ao uso de peças nacionais nas máquinas fabricadas. A linha oferece até R$ 100 mil por beneficiário a juros anuais de 2%, dez anos de prazo para pagar e três de carência.

A John Deere informou ter elevado em 30% sua participação de mercado em tratores "populares" na comparação com 2008. "Portanto, devemos comemorar a marca de 10 mil tratores vendidos com desconto de até 17,5% financiados pelo programa", afirmou, em nota, o diretor de assuntos corporativos, Alfredo Miguel Neto. Em 2008, foram vendidos 43 mil tratores no país, de acordo com a Anfavea.

O "Mais Alimentos" também ofereceu apoio na elaboração de projetos produtivos via assistência técnica e extensão rural gratuitas. Segundo o balanço, foram realizadas 1,6 mil atividades de oferta de tecnologia a 1,2 milhão de produtores de leite, milho, mandioca, feijão, arroz, trigo, café, frutas, olerícolas, soja, suínos, pequenos animais e aves. Foram envolvidos 23 mil técnicos de 459 instituições credenciadas.

Além do aumento da produção, incentivo à indústria e ao investimento nas propriedades, o programa auxiliou, segundo o ministro Cassel, no melhoramento genético, correção de solo, construção de agroindústrias e aquisição de máquinas e equipamentos.(MZ)

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