Grãos abrem o dia com ajustes e influência cambial
A soja apresentou oscilações laterais em Chicago
A soja apresentou oscilações laterais em Chicago - Foto: Leonardo Gottems
Os mercados agrícolas iniciaram o dia com movimentos moderados e sinais mistos entre os principais grãos negociados, refletindo fatores cambiais, expectativas de oferta e ajustes nas projeções de produção, segundo a TF Agroeconômica. O cenário internacional seguiu atento ao comportamento do dólar, às exportações dos Estados Unidos e à competitividade da oferta sul-americana, enquanto o mercado interno brasileiro mostrou ajustes pontuais nos preços físicos.
No trigo, os contratos futuros em Chicago começaram a sessão mais próximos das mínimas, indicando viés de baixa ao longo do dia. O mercado segue pressionado pela forte competitividade da Argentina, que ampliou sua estimativa de produção para um recorde projetado de 27,7 milhões de toneladas, consolidando-se como a origem mais barata no comércio global. O ambiente externo ganhou dinamismo com compras relevantes da Tunísia, envolvendo trigo mole, trigo duro e cevada, esta última negociada com prêmio significativo em relação ao trigo.
A soja apresentou oscilações laterais em Chicago, com leve recuperação no fim da sessão. O dólar mais fraco após o corte de juros pelo Federal Reserve melhorou a competitividade dos grãos dos Estados Unidos, oferecendo suporte às cotações. No entanto, no mercado brasileiro, a forte queda da moeda norte-americana, superior a 1%, pressionou os preços internos, mesmo com relativa estabilidade nos contratos internacionais.
O milho também operou em leve baixa em Chicago, influenciado pela expectativa de entrada de uma safra recorde no mercado, fator que limita avanços mais consistentes após cada tentativa de alta. Ainda assim, o ritmo forte das exportações americanas ajudou a conter perdas mais acentuadas, com crescimento expressivo frente ao ano anterior. No Brasil, a dificuldade no escoamento da exportação seguiu pressionando as cotações no mercado físico.
