Papel estratégico da soja e do milho na cadeia de proteína animal
Soja e milho impulsionam a cadeia de proteína animal em Mato Grosso
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A soja e o milho são a base da nutrição animal no Brasil e no mundo. A partir desses dois grãos, são produzidas as rações que alimentam aves, suínos, peixes e bovinos. Em Mato Grosso, líder na produção nacional de soja e milho, essa relação é ainda mais forte, pois é no campo que se inicia toda a cadeia de proteína animal.
Nesse contexto, a Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) atua para garantir a representatividade do produtor, reforçando a importância da agricultura na base da cadeia produtiva e promovendo ações que fortalecem a competitividade do setor. Além de estabelecer granjas, confinamentos e projetos integrados em todo o país, a produção mato-grossense de grãos influencia diretamente os mercados internacionais, impulsionando o consumo global e fortalecendo o papel do Brasil na segurança alimentar mundial.
Para o vice-presidente Oeste da Aprosoja MT, Diogo Balistelli, o trabalho do agricultor é parte essencial dessa engrenagem. “O produtor rural produz commodities agrícolas, mas elas são fundamentais para a produção de vários outros derivados, como as carnes que a gente tem hoje, tanto de suínos, aves, gado, produção de leite, produção de ovos e óleo de soja. É uma vasta variedade de produtos e subprodutos derivados da soja e do milho”, diz ele.
Essa importância aumenta à medida que a demanda global por proteína animal cresce. Países como a China impulsionam os volumes de exportação e fortalecem o papel do produtor brasileiro na cadeia alimentar mundial. Nesse cenário, a Aprosoja MT atua na defesa de incentivos e melhorias estruturais que garantem que esse elo produtivo continue forte e competitivo.
Diogo Balistelli destaca que modelos produtivos inovadores têm fortalecido a integração entre agricultura e pecuária, aproximando ainda mais os setores e ampliando o potencial produtivo do estado.
“Alguns modelos fomentam a produção de proteína animal, como a integração lavoura-pecuária e também lavoura-pecuária-floresta, adotadas por alguns produtores. É uma forma de integração que vem ganhando espaço, principalmente em áreas mais fracas, e acaba agregando na produção e na lucratividade”, destaca o vice-presidente Oeste da entidade.
Na ponta da cadeia, o produtor rural sente diariamente a responsabilidade de produzir alimentos que chegam a milhões de pessoas, direta ou indiretamente. Esse sentimento é compartilhado por Carlinhos Rodrigues, produtor do Núcleo de Paranatinga.
“O meu sentimento como produtor rural é o de estar fazendo alguma coisa pela população, não só pelo meu sustento. É saber que você está trabalhando em convívio com a natureza para alimentar outras pessoas, independente da parte do mundo onde elas estejam, contribuindo com uma qualidade de vida melhor”, afirma o produtor.
A busca por qualidade é constante, uma vez que a indústria, confinamentos e esmagadoras exigem grãos cada vez melhores para garantir eficiência na transformação de soja e milho em proteína animal.
“A indústria de modo geral, tanto confinamento quanto esmagadoras, procura um grão de melhor qualidade e a gente está sempre buscando a evolução para trabalhar com materiais de ponta, com mais produtividade e qualidade de grão”, completa Carlinhos.
Com a produção de soja e milho, Mato Grosso mostra que o elo inicial da cadeia produtiva da proteína animal está no campo. O produtor planta, colhe e entrega a base que sustenta frigoríficos, laticínios, granjas e indústrias do país inteiro. A Aprosoja MT reafirma o reconhecimento à quem produz, valorizando quem está na origem de tudo: o agricultor.