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Os pecuaristas brasileiros estão diversificando as raças de bovinos em seus plantéis. Hoje podem ser encontradas raças hereford e braford, sendo a primeira originária da Inglaterra, em Estados do Centro-Oeste e até do Nordeste, bem distantes do Rio Grande do Sul onde ambas se adaptaram ao clima da região. Esta migração teve início em 2001 e já há mais de 40 criatórios espalhados para fora do Estado gaúcho. O pioneiro neste movimento foi a Braford Tropical de Presidente Prudente, São Paulo, que também está radicada em Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Paraná.
De acordo com Jacob Momm Filho, pertencente à Tropical e único criador de braford em Santa Catarina (raça do cruzamento entre hereford e nelore), o objetivo em criar esta raça é realizar cruzamentos com o nelore. Com isso, segundo ele, a carne ganha mais qualidade no momento da comercialização. “Procuramos exportar a carne que é resultado entre o braford e o nelore, e não o braford que é uma raça diferenciada”, ressaltou Momm Filho. Outro ponto positivo para o cruzamento diz respeito à adaptabilidade ao clima, que conseqüentemente provoca, além da qualidade, a melhora do plantel e da precocidade. Atualmente a Tropical vem tentando conscientizar os produtores a realizarem o cruzamento.
A qualidade do produto é a principal preocupação com o aumento nas exportações de carne bovina brasileira. De acordo com a primeira secretária da Associação Brasileira de Hereford e Braford, de Bagé (RS), Thaís Pires Lopa, a Europa tem grande interesse nas raças hereford pela qualidade e por apresentar “sangue europeu”. Atualmente as raças hereford e braford são criadas em mais de 34 países. De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (09-08) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as exportações de carne bovina devem superar a marca de US$ 3 bilhões este ano.
Para a Expointer, que inicia no dia 27 deste mês em Esteio, região metropolitana de Porto Alegre, a expectativa de comercialização das raças é boa, mesmo com a recente crise provocada no início do ano com a seca que durou aproximadamente cinco meses. “A previsão é atingir o faturamento do ano passado, que foi R$ 112,73 mil com a venda de 32 animais rústicos da raça hereford”, afirmou a presidente da Associação, Greice Martins. Segundo ela, já estão inscritos para a exposição 101 animais a galpão contra 90 do ano passado, e 187 rústicos contra 215 de 2004. Greice explica que esta redução é uma forma de melhorar a qualidade do plantel.
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