Hortifruti: exportações crescem 31,5% e faturam US$ 1,19 bilhões
Cenoura recua com maior oferta de MG nas Ceasas
Foto: Pixabay
Os preços da cenoura registraram queda na primeira quinzena de novembro. A redução está relacionada ao aumento dos envios de Minas Gerais, principal produtor nacional, para as Centrais de Abastecimento (Ceasas). A informação consta no 11º Boletim Prohort, divulgado nesta terça-feira (25) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o documento, em outubro houve variação regional. “Em Curitiba, foi verificada alta de 39,02%”, informou a Conab. Já no Rio de Janeiro e em Rio Branco, as retrações foram de 17,01% e 16,56%, respectivamente. No geral, o levantamento aponta estabilidade em comparação a setembro.
A alface apresentou, pelo terceiro mês consecutivo, queda na média ponderada das cotações. De acordo com o Boletim, o recuo foi de 8,77% em agosto, 16,01% em setembro e 7,27% em outubro. A Conab avalia que “a oferta elevada tem pressionado as cotações”, enquanto a demanda menor, como observado na Ceasa de Curitiba durante o período de clima mais frio, também influenciou o cenário.
banana e mamão seguiram a mesma tendência e registraram queda na média ponderada em outubro frente a setembro. No caso da banana, a redução foi de 4,14%, puxada pela maior oferta da variedade prata vinda do norte de Minas, do meio-oeste baiano, do Vale do Ribeira (SP) e do Ceará. A banana nanica, por outro lado, manteve baixa disponibilidade pelo segundo mês consecutivo.
No mercado do mamão, os preços começaram o mês em alta devido à maior demanda e à oferta reduzida. No entanto, após a segunda quinzena, houve recuo. A Conab explica que a queda ocorreu “com a diminuição da procura e o aumento da quantidade ofertada”, favorecido pela elevação das temperaturas. Assim, outubro encerrou com redução de 5,05% frente ao mês anterior.
Cebola, batata, tomate, laranja, maçã e melancia ficaram mais caras em outubro. A cebola voltou a subir após sequência de quedas iniciada em junho. O boletim indica alta de 12,24% na média ponderada em relação a setembro. O volume ofertado aumentou apenas 2% e não impediu o avanço, influenciado pela demanda e pela qualidade da mercadoria.
A batata também apresentou aumento, mesmo com maior volume disponível nas Ceasas. A média ponderada registrou avanço de 19,35% em relação ao mês anterior. A Conab destaca que “a variação ocorreu em quase todas as unidades”, com exceção da Ceasa de Santa Catarina, onde foi registrada queda de 4,63%. Em Curitiba, a alta chegou a 41,66%.
O tomate iniciou outubro com preços mais elevados, mas a ampliação da oferta, principalmente na segunda quinzena, moderou o movimento. Ainda assim, a média ponderada subiu 3,97%. O boletim aponta que o aumento da quantidade disponível já tem refletido em cotações mais baixas no início de novembro.
Entre as frutas, a laranja apresentou alta de 4,3% na média ponderada. No início de outubro, houve maior demanda e menor oferta, enquanto o final do mês foi marcado pela ampliação da colheita e pela queda sazonal na procura. A maçã apresentou pequenas altas e oscilação na comercialização, em um cenário influenciado pela redução dos estoques em câmaras frias.
Para a melancia, o boletim indica mudança nos principais estados fornecedores. A colheita foi finalizada no Tocantins e se aproxima do fim em Goiás, ao mesmo tempo em que São Paulo e Bahia ampliam a produção. A Conab observa que a demanda oscilou em outubro, comportamento comum em períodos de chuva nos principais centros consumidores.
O desempenho das exportações continua positivo. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as vendas externas somaram 1,07 milhão de toneladas entre janeiro e outubro, alta de 31,5% frente ao mesmo período de 2024. A receita totalizou US$ 1,19 bilhão (FOB), variação positiva de 13,47%. A Conab destaca que “o mercado tem registrado volumes superiores aos dos anos anteriores”, principalmente com destino à Europa e à Ásia.