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IAC recebe R$ 34,8 milhões para pesquisas inéditas

Foco está em cana, café e citros


Foto: Pixabay

O Instituto Agronômico (IAC), com sede em Campinas e mais 12 centros de pesquisa distribuídos entre Campinas, Cordeirópolis, Jundiaí, Ribeirão Preto e Votuporanga, vai receber R$ 34.800 milhões em recursos para pesquisas inéditas em citros, café e cana-de-açúcar.

Os recursos têm como origem R$ 4.540 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP); outros R$ 4.470 milhões da iniciativa privada e R$ 25.790 milhões como contrapartida em infraestrutura e recursos humanos do Estado de São Paulo.

As três culturas foram escolhidas pela sua importância no cenário paulista e nacional, sendo o Brasil uma liderança nas três, e devem ter o reforço da biotecnologia para acelerar estudos que trarão resultados inéditos para a agricultura mundial. O foco está na solução de problemas destas culturas. Os desafios foram definidos pelos pesquisadores em conjunto com os três setores de produção.

Uma das linhas que deve ganhar andamento é a aplicação de edição do DNA conhecida como CRISPR/Cas9, a chamada "tesoura genética" que rendeu o Nobel de Química recentemente. 

Na área de citros, o foco é a doença conhecida como huanglongbing (HLB), considerada a mais devastadora nos pomares citrícolas no mundo. Na de café, o objetivo é desenvolver cultivar de café tipo arábica naturalmente desprovida de cafeína a fim de buscar saudabilidade e incluir o produto em novos mercados. Nos estudos com cana-de-açúcar, pretende-se gerar cultivares com tolerância ao estresse hídrico e a patógenos a partir do uso de edição gênica em plantas geneticamente modificadas (transgênicas) e não geneticamente modificadas.

Devem ser desenvolvidas novas cultivares com foco em sustentabilidade e redução do custo de produção. Todo o trabalho será feito em colaboração com a participação de equipe multidisciplinar, com cerca de 200 cientistas de diversas áreas do conhecimento e pluri-institucional. Participam junto ao IAC: Instituto de Economia Agrícola (IEA), ESALQ/USP, UNIFESP, FFCLR/USP, Embrapa, Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, MaxPlant Institute, na Alemanha, e Universidade de Queensland, na Austrália.
 

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