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Ibraoliva fortalece atuação nacional e projeta novo ciclo de crescimento

Entidade busca ampliar integração e inovação na olivicultura


Foto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

O presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Flávio Obino Filho, apresentou um balanço das principais ações realizadas em 2025 e destacou as perspectivas para o fortalecimento da olivicultura brasileira em 2026. Segundo Obino, 2025  marcou a consolidação do Ibraoliva como a entidade de representação institucional do setor no país.

Obino Filho ressalta que, em 2025, o Ibraoliva ampliou sua atuação nacional. “Fortalecemos laços com produtores do Sudeste, de Santa Catarina e do Paraná, além de estreitar a parceria com a Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assolive). O instituto tornou-se definitivamente uma entidade de alcance nacional”, ressaltou.

Um dos pontos altos do ano, segundo o presidente do Ibraoliva, foi a visita de autoridades do Conselho Oleícola Internacional (COI). A agenda incluiu encontros em Campos do Jordão, São Paulo, Maria da Fé (MG) e Porto Alegre, onde foram debatidos avanços e desafios enfrentados pelos produtores brasileiros. “As reuniões também tiveram foco na promoção e na difusão do azeite extra virgem entre consumidores e profissionais do setor”, recordou.

Obino Filho citou também as ações conjuntas com o COI, que estenderam-se ao campo político. “O Ibraoliva intensificou os esforços para aproximar o Brasil do COI, buscando assim a futura integração do país ao conselho. Atividades em São Paulo e Porto Alegre reuniram restaurantes, supermercadistas e especialistas em degustação para reforçar a importância do azeite extravirgem de alta qualidade”, citou.

Outro marco de 2025 foi o convênio estruturado com o Banco de Desenvolvimento para a América Latina e Caribe (CAF) e com a Asolur, entidade que reúne produtores do Uruguai. “O acordo prevê a estruturação de pesquisas integradas entre os dois países, iniciativa considerada estratégica para o avanço técnico do setor”, ressaltou. Em âmbito regional lembrou da criação de um centro de referência em olivicultura no Rio Grande do Sul

O Ibraoliva também atuou em defesa da qualidade do azeite disponível no mercado brasileiro. A entidade buscou seu ingresso como “amicus curiae” em processo judicial movido pelo Ministério Público de São Paulo, que solicita análises sensoriais de azeites importados. “O objetivo é acabar com a fraude no país em que azeites virgens e às vezes lampantes – impróprios para o consumo – são vendidos como se extravirgem fossem”, esclareceu.

Em paralelo, o instituto reforçou sua agenda técnica. Reuniões virtuais ao longo do ano acompanharam etapas fundamentais do ciclo produtivo, desde a preparação do solo até o desenvolvimento das plantas. Os encontros incluíram produtores uruguaios e representantes da Associação da Mantiqueira, ampliando o intercâmbio de conhecimentos.

Obino FIlho destacou também a promoção da cultura olivícola, que ganhou destaque com a realização de diversos eventos: abertura da colheita em Cachoeira do Sul, Olivas no Cais, apoio à Olifeira, reunião de produtores do Sudeste, congresso de saudabilidade, primeiro seminário nacional de olivoturismo, e o primeiro simpósio bi-nacional de olivoturismo. “As ações reforçaram tanto o papel econômico quanto o potencial turístico e gastronômico do setor”, destacou

No campo regulatório, Obino Filho manteve firme a posição do instituto contra o uso dos herbicidas hormonais, como o 2,4-D. “Em alinhamento com as associações de fruticultores, o Ibraoliva defende o banimento desses produtos no país, porque representam risco para a fruticultura e para a saúde da população”, enfatizou.

Para 2026, Obino Filho projeta um ano de continuidade e avanço. “Estabelecemos bases sólidas em 2025. Agora, nosso foco é ampliar a integração nacional, fortalecer a pesquisa e seguir defendendo a qualidade do azeite brasileiro, consolidando o país no cenário internacional”, projetou.

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