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Importação de milho não deve comprometer produção nacional


A redução da Tarifa Externa Comum (TEC) do milho dos atuais 9,5% para 2% em nada afetará a produção nacional do grão. A avaliação é do consultor, Vlamir Brandalizze. “A redução da TEC servirá apenas para abastecer o setor até que a safrinha de milho seja colhida.” Além disso, com o excesso de chuvas durante o ano, a colheita sofrerá um atraso, passando de janeiro para o final de fevereiro, podendo chegar a março.

“Se o governo não tomasse uma atitude em relação ao abastecimento, nos meses de dezembro e janeiro poderia haver falta do grão, acarretando numa crise ainda maior que a existente, que é a alta dos principais insumos cotados em dólar”, afirma Brandalizze.

Seguindo a tendência internacional, o preço do milho apresentou crescimento de mais de 90% entre os meses de janeiro e outubro. O avanço nas cotações do grão impactou diretamente os custos da avicultura e suinocultura, uma vez que o milho responde por mais de 50% dos gastos dos setores.

Dessa forma, na avaliação do governo e consultores, a redução da TEC permitirá que os setores dependentes do grão – suinocultura, avicultura e indústria – fiquem abastecidos até a colheita da próxima safra, estimada para terminar em fevereiro. A medida ficará valendo apenas até janeiro de 2003, quando a tarifa volta para os 9,5%. Para colocar a medida em prática, o governo brasileiro consultou os demais parceiros do Mercosul –Argentina, Uruguai e Paraguai– já que a TEC é comum ao bloco e, em princípio, somente pode ser alterada se houver consenso entre todos os envolvidos.

A proposta de redução tarifária, encaminhada à Camex pelo Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (MAPA) tem o objetivo de deter a especulação com os preços do milho no mercado interno, que estão seguindo as altas das cotações internacionais. Segundo o ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, não haverá necessidade de importação de milho para suprir o abastecimento nacional. Com a redução da TEC, Pratini acredita que a cotação do milho no mercado interno tende a cair, deixando de seguir a cotação internacional.

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