CI

Intensa programação marca novo espaço da Agptea na Expointer

Alunos das escolas técnicas agrícolas poderão conhecer projetos e alternativas diferenciadas para o campo


A Expointer, a cada ano que passa, representa uma vitrine para o setor agropecuário gaúcho, principalmente, para o ensino agrícola do Estado. Durante muito tempo as escolas voltadas para este segmento não tinham um espaço para sua divulgação. A Associação Gaúcha de Professores de Ensino Técnico Agrícola (Agptea) conseguiu oportunizar um local dentro do maior evento agropecuário a céu aberto da América Latina, onde essas escolas têm a oportunidade de mostrar seus projetos e interagir com a comunidade. A 41ª edição da feira, que acontece de 25 de agosto a 2 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), avança nesta proposta da Agptea com a ampliação da casa da entidade no local. Na quarta-feira, dia 29, ocorrerá a inauguração oficial deste novo espaço que vai oportunizar palestras técnicas e que se chamará “Sala Professor Calvete”, fundador da associação há 49 anos. 

Segundo o presidente da entidade, Fritz Roloff, o professor Luiz Osvaldo Corrêa Calvete teve uma visão estratégica de que ou as escolas se organizariam em favor da luta conjunta, ou estariam já naquela época fadadas a sumirem do mapa, pois representavam somente alto custo, o que até hoje os governos continuam alegando. “Uma escola agrícola tem este diferencial de um custo mais elevado, então para nós representa muito referendar o nome do professor Calvete, porque vai tornar sempre viva a necessidade de batalhar e garantir que as escolas, principalmente as públicas, sejam inseridas na vanguarda, que tenham realmente uma vitrine que possa colocá-las dentro da realidade, dentro do contexto que o mundo do  trabalho exige”, destaca.

Por meio da Sala Professor Calvete muitos alunos terão a oportunidade de vivenciar novos projetos e novas alternativas para o campo. Na segunda-feira, dia 27, e na terça-feira, dia 28, acontece na parte da tarde palestra sobre Implantação de Pomar de Pitaya, com o engenheiro agrônomo Dejalmo Nolasco Prestes, do Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, da Universidade Federal de Pelotas (Faem-UfPel). Conforme Roloff, a Pitaya é uma fruta que está sendo bem aceita no mercado, mas com poucos produtores no Rio Grande do Sul, e uma produção mais concentrada nos estados de Santa Catarina e Minas Gerais. “A palestra irá abordar desde a condução da cultura, os tratos culturais, até a questão da comercialização, de como agregar valor a esse produto”, informa. 

Outro tema em destaque será a cultura da oliveira que está entrando com bastante vocação no Rio Grande do Sul e que traz a agroindustrialização através da extração de óleos vegetais. Na terça-feira, dia 28, e na quarta-feira, dia 29, ocorrerá durante a manhã e tarde um minicurso sobre tratos culturais e comercialização dessa cultura, ministrado por Edson Ortiz, diretor da Divinut Indústria de Nozes, de Cachoeira do Sul (RS), e que possui mais de 30 anos de dedicação a nogueiras-pecã.

Na programação da Agptea na Expointer também serão realizadas reuniões de diretoria e do Conselho Consultivo, que conta com cerca de 26 professores de diversas cidades gaúchas e que irão planejar ações para avançar o trabalho que vem sendo feito pela entidade. No sábado, dia 1º de setembro, será realizado o Simpósio da Cooperativa de Crédito dos Professores da Região Metropolitana de Porto Alegre (Educredi), com a coordenação dos diretores Carlos Fernando Oliveira da Silva e Elson Geraldo de Sena Costa. A feira servirá ainda para dar início à divulgação do 33º Encontro Estadual de Professores e Sexto Congresso Nacional de Ensino Agrícola, eventos anuais que neste ano ocorrerão em Canela (RS). Roloff salienta que além da discussão de questões técnicas, será ampliado o foco dos debates para a escola da porteira para fora, como se diz na agricultura.

O presidente da Agptea observa que diversas vezes são feitas muitas ações de ensino internas, mas a escola não se mostra, não tem visibilidade. Coloca que o encontro, indo justamente para a Serra Gaúcha, onde existem muitos exemplos por ser uma região tão diferente em relação às outras do Estado, será possível mostrar que as instituições de ensino têm como criar diferenciais, agregar valor através de visitas, da interação com outras entidades, abrindo seus espaços para a comunidade. “Com isso, mais pessoas poderão usufruir da bela estrutura que uma escola agrícola tem, seja na questão ambiental, nas trilhas, nos próprios setores. Quantas crianças gostariam de interagir com os animais e  muitas vezes a escola não se dá conta de que  tem um grande potencial para se expandir. Portanto, esse seminário em Canela vai enfocar muito essa questão de como eu posso me inserir nesse mundo, não só através da produção agrícola, mas também abrindo espaço, abrindo os horizontes para agregar mais valor aos meus produtos e a minha própria existência”, conclui Roloff.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.