Eleição poderá marcar saída de arrozeiros desestimulados com a perda de poder no Instituto
Depois de um ano de relações conturbadas com o governo Tarso Genro, o Conselho Deliberativo do Irga deve apresentar percentual significativo de renovação para o mandato 2012/14. A eleição está marcada para 10 de julho, mas o sentimento predominante entre os arrozeiros é de desestímulo gerado pelo enfraquecimento do grupo. O produtor Walter Arns, de Uruguaiana, conselheiro há quatro mandatos, é um dos que está relutante e não deve concorrer. Para ele, houve um esvaziamento dos poderes do Conselho após as alterações feitas no estatuto da autarquia em março de 2011, com a aprovação do projeto de lei 64/2011, do Executivo, na Assembleia Legislativa. Ponto nevrálgico, a escolha da cúpula do instituto agora é responsabilidade do governador e não mais dos representantes da lavoura arrozeira. "O que é lamentável, já que o Irga existe com o objetivo de fazer pesquisa para o produtor, que é quem mantém a instituição pagando a Taxa de CDO (Cooperação e Defesa da Orizicultura)." Neste ano, Tarso deve indicar novos nomes para as diretorias administrativa e comercial, já que, respectivamente, Carlos Mallmann irá disputar a eleição municipal em Estrela, e o mandato de Rubens Silveira chega ao fim.
Como o governo tem maioria na Assembleia, os conselheiros reconhecem que fica difícil reverter a situação. "A mudança pode vir das urnas em 2014", provoca Juarez Petry, representante de Tapes há dois mandatos. Também há insatisfação entre os produtores com a retenção no Caixa Único do Estado de cerca de R$ 90 milhões arrecadados com a Taxa CDO (R$ 0,40 por 50 kg), criada justamente para subsidiar o Irga. "Temos que criar bons projetos para usar este recurso, porque aí não tem como não liberar. É como o valor do pedágio, que tem que ser aplicado na manutenção das estradas", avalia ele, que agora deve assumir a segunda suplência pelo município. Já Ivo Lessa, conselheiro por Guaíba desde 1998, acredita que, apesar do desgaste, os arrozeiros não podem jogar a toalha. "O Conselho é um fórum onde o produtor reivindica. Ele perdeu o papel de protagonista, mas a participação é importante, nem que seja para fiscalizar."
O chefe de gabinete da presidência do Irga, Marcelo Lima, discorda que o Conselho Deliberativo tenha perdido espaço. Ele destaca que a prestação de contas é submetida à avaliação dos membros. "Toda a mudança gera desconforto, mas não estamos fazendo nada que não seja de acordo." O presidente da autarquia, Claudio Pereira, está em Miami (EUA), participando da Convenção de Arroz das Américas.
PRODUTOR PODE VOTAR
O Conselho é formado por 76 produtores com dois suplentes cada, mais quatro integrantes indicados pela indústria e comércio;
As chapas devem ser compostas e enviadas à sede do Irga até 10 de junho, com o abono de, pelo menos, dez produtores. Dos 140 municípios produtores de arroz, neste ano, 81 estão aptos a eleger conselheiros, pois produzem 200 mil sacos de 50 kg de arroz;
A votação será em 10 de julho, das 8h30min às 17h, nos escritórios do Irga, nas cooperativas, nas associações de arrozeiros, nos sindicatos rurais e nas prefeituras;
Têm direito a voto os orizicultores inscritos no Irga até 30 dias antes das eleições;
É necessário quórum mínimo de 20% dos produtores inscritos no município;
Caso contrário, uma segunda eleição será realizada, com o quórum mínimo de 10%;
Os conselheiros serão eleitos para o triênio 2012/14, com mandato iniciando em 13 de agosto.
Depois de um ano de relações conturbadas com o governo Tarso Genro, o Conselho Deliberativo do Irga deve apresentar percentual significativo de renovação para o mandato 2012/14. A eleição está marcada para 10 de julho, mas o sentimento predominante entre os arrozeiros é de desestímulo gerado pelo enfraquecimento do grupo. O produtor Walter Arns, de Uruguaiana, conselheiro há quatro mandatos, é um dos que está relutante e não deve concorrer. Para ele, houve um esvaziamento dos poderes do Conselho após as alterações feitas no estatuto da autarquia em março de 2011, com a aprovação do projeto de lei 64/2011, do Executivo, na Assembleia Legislativa. Ponto nevrálgico, a escolha da cúpula do instituto agora é responsabilidade do governador e não mais dos representantes da lavoura arrozeira. "O que é lamentável, já que o Irga existe com o objetivo de fazer pesquisa para o produtor, que é quem mantém a instituição pagando a Taxa de CDO (Cooperação e Defesa da Orizicultura)." Neste ano, Tarso deve indicar novos nomes para as diretorias administrativa e comercial, já que, respectivamente, Carlos Mallmann irá disputar a eleição municipal em Estrela, e o mandato de Rubens Silveira chega ao fim.
Como o governo tem maioria na Assembleia, os conselheiros reconhecem que fica difícil reverter a situação. "A mudança pode vir das urnas em 2014", provoca Juarez Petry, representante de Tapes há dois mandatos. Também há insatisfação entre os produtores com a retenção no Caixa Único do Estado de cerca de R$ 90 milhões arrecadados com a Taxa CDO (R$ 0,40 por 50 kg), criada justamente para subsidiar o Irga. "Temos que criar bons projetos para usar este recurso, porque aí não tem como não liberar. É como o valor do pedágio, que tem que ser aplicado na manutenção das estradas", avalia ele, que agora deve assumir a segunda suplência pelo município. Já Ivo Lessa, conselheiro por Guaíba desde 1998, acredita que, apesar do desgaste, os arrozeiros não podem jogar a toalha. "O Conselho é um fórum onde o produtor reivindica. Ele perdeu o papel de protagonista, mas a participação é importante, nem que seja para fiscalizar."
O chefe de gabinete da presidência do Irga, Marcelo Lima, discorda que o Conselho Deliberativo tenha perdido espaço. Ele destaca que a prestação de contas é submetida à avaliação dos membros. "Toda a mudança gera desconforto, mas não estamos fazendo nada que não seja de acordo." O presidente da autarquia, Claudio Pereira, está em Miami (EUA), participando da Convenção de Arroz das Américas.
PRODUTOR PODE VOTAR
O Conselho é formado por 76 produtores com dois suplentes cada, mais quatro integrantes indicados pela indústria e comércio;
As chapas devem ser compostas e enviadas à sede do Irga até 10 de junho, com o abono de, pelo menos, dez produtores. Dos 140 municípios produtores de arroz, neste ano, 81 estão aptos a eleger conselheiros, pois produzem 200 mil sacos de 50 kg de arroz;
A votação será em 10 de julho, das 8h30min às 17h, nos escritórios do Irga, nas cooperativas, nas associações de arrozeiros, nos sindicatos rurais e nas prefeituras;
Têm direito a voto os orizicultores inscritos no Irga até 30 dias antes das eleições;
É necessário quórum mínimo de 20% dos produtores inscritos no município;
Caso contrário, uma segunda eleição será realizada, com o quórum mínimo de 10%;
Os conselheiros serão eleitos para o triênio 2012/14, com mandato iniciando em 13 de agosto.